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AD MOSSORÓ - ASSEMBLEIA DE DEUS NO RIO GRANDE DO NORTE – MOSSORÓ

O PODER DA ATITUDE

Provérbios 24.10: “Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena.”

Sem dúvida que suas atitudes diante da vida e em especial no desempenho do seu papel de líder determinarão sua altitude, largura e profundida em qualquer projeto. Se espera atitudes boas e coerentes de pessoas fundamentados na Palavra de Deus e que tem em Cristo seu modelo de líder servidor.
Existem diversas ações que são construídas pelas suas decisões diárias e que são agentes influenciadores do tipo de legado que você está deixando. As marcas do seu ministério estão ligadas ao que você está fazendo. Cada “tijolinho” vai aumentando as fileiras da construção de sua casa. Que tipo de postura você adota diante das adversidades, como você faz mediante das oposições, qual a sua relação com Deus, como você estabelece suas prioridades, você tem fé? É corajoso, disposto, dedicado? Perdoa ou guarda mágoas? Ama ou odeia? Crê no poder de Deus ou é cético?
Enfim, são questões como estas que nos ajudam a refletir no tipo de atitude que temos. Você é responsável pela vida que está levando. Sim, na hora que você escolhe todo dia o que irá fazer diante de cada situação, favorável ou não, você está assumindo uma atitude, isto trará um fruto e nisto consiste o poder de nossas atitudes.
Segundo o Dr. Daniel Goleman, nossos resultados vem/dependem: 10% das nossas habilidades, 20% dos nossos conhecimentos e 70% das nossas atitudes. Isto reforça o quanto o que fazemos reverbera em nosso futuro; pois a lei da semeadura e da colheita é implacável.
Martin Luther King Jr, disse uma vez: “Esperar que Deus faça tudo enquanto nós não fazemos nada, não é fé, e sim superstição” Deus é soberano e onipotente, sem dúvidas, Ele pode tudo; mas não devemos ficar confundidos, isto não nos isenta de nossas responsabilidades; nós temos que assumir atitudes nesta relação para com Ele.
Acredita, buscar, pedir, clamar, renunciar, esforçar, arrepender, ouvir, orar, são no mínimo ações aguardadas nesta relação com Deus. Assim, temos que ter atitude em tudo que fazemos nesta vida.
Isto posto, quero incentivar você na construção de boas atitudes que fomentarão bons resultados em sua liderança. Atitude é predisposição, é hábito de pensamento, é a forma como você encara a vida e a si mesmo.
Professor Hamilton Bueno destaca algumas reflexões sobre as atitudes que devemos adotar como líderes, a saber:
1 – Gerencie seus relacionamentos ou submeta-se à rejeição. Queridos saber se relacionar é fundamental. Ao contrário, estaremos condenados a gerir nossa própria solidão.
2 – Tenha poucos e bons objetivos ou siga a correnteza. Somos movidos por objetivos valiosos e significativos que concretizam nossos sonhos.
3 – Transforme o universo, ou seja, apenas mais um observador. Líder que é líder não se conforma com a mesmice: é um transgressor do convencional. É aquele que busca uma nova ordem das coisas. Nos cabe, assim, decidir pertencer ao grupo dos que fazem a diferença ou dos que preferem habitar a mediocridade, lugar comum para aqueles que se acomodam na zona de conforto.
4 – Seja dono das próprias emoções ou escravo da própria impulsividade. Quando você conhece suas próprias forças e limitações e, dentre elas, aquelas que causam comportamentos hostis ou agressivos quando você se sente contrariado e começa a construir relacionamentos mais produtivos e duradouros. Do contrário, ao fazer o que dá vontade você corre o risco de ofender os outros, se torna escravo da própria imaturidade, viver com remorso e arrependimento, afastar as pessoas e acumular desgastes e estresse.
5 – Aprenda a aprender ou embruteça na própria ignorância. Aprender é mais do que uma habilidade é uma atitude.
6 – Pessoas tóxicas contaminam tudo por onde passam. Fique longe delas.
7 – Compreenda para ser compreendido ou morra no ostracismo. Ligue-se nos interesses das pessoas, procure entendê-las e aceitá-las como são. Pergunte e ouça com atenção.
8 – Seja amigo da verdade e afaste-se dos que levam vantagem em tudo. Valores sadios como honestidade, honra, dignidade e respeito fazem bem para a alma.
Um grande abraço e até nosso próximo encontro. Lidere onde estiver.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

Olho por olho e dente por dente

O texto de Ex. 21.23-25 é bastante complexo e nem sempre adequadamente interpretado, há quem o utilize para defender a justiça feita pelas próprias mãos. Esquecem, no entanto, que também está escrito em Dt. 32.35 que a vingança pertence exclusivamente a Deus, ensino reforçado em Hb. 10.30. No âmbito jurídico, Deus estabeleceu as autoridades, a fim de que essas julguem os crimes, respeitando normas preestabelecidas, a fim de conter os impulsos maléficos na sociedade (Rm. 13.1,2). Por isso, passagens bíblicas tais como Ex. 21.24, Lv. 24.20 e Dt. 19.21, não podem mais ser usadas para garantir o direito à vingança, mas como orientações jurídicas, a serem aplicados pelas instituições.
Reforçamos, a esse respeito, que a interpretação do texto, no seu devido contexto, é imprescindível para a compreensão do significado pretendido pelo autor. Sendo assim, é válido destacar que a expressão “olho por olho e dente por dente” tem a ver com a Lei dada por Deus a Moisés, para que esse soubesse como lidar com as infrações povo israelita depois que esse saiu do Egito. O princípio jurídico foi o seguinte: a punição não deveria exceder o dano, de modo que deveria ser no máximo “olho por olho e dente por dente”. Essa Lei ficou conhecida como o princípio lex taliones, que em latim se refere à retaliação, que deveria ser aplicada com base na compensação.
No contexto do Novo Testamento, Jesus reafirma esse princípio a fim de limitar a punição contra a transgressão. A esse respeito declara: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes” (Mt. 5.38-42). Ao interpretar esse texto, Jesus sugere que a parte ofendida pode “abrir mão” do direito de revidar, se for o caso, pode também desconsiderar a corte jurídica, e pessoalmente, investir na graça e no perdão.
Mais que isso, Ele recomenda ir além, e demonstrar generosidade, pois ao que “quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa”. Essa é a revolução amorosa proposta por Jesus, e que se contrapõe ao princípio da violência, predominante na sociedade contemporânea. De modo que se alguém nos insultar, devemos responder com amor, e não “na mesma moeda”, contrariando a justiça dos homens. Essa é uma atitude que exige renúncia dos seguidores de Cristo, considerando que Ele mesmo deixou o exemplo, ao perdoar seus algozes na cruz. Ele não retribui de acordo com as iniquidades, se assim fizesse todos nós seríamos condenados. Por isso Paulo é categórico ao afirmar que “Ele nos amou sendo nós ainda pecadores” (Rm. 5.8).
O Apóstolo dos gentios desenvolveu essa doutrina em sua Epístola aos Romanos, reforçando o ensinamento deixado por Jesus: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm. 12.19-21). Esse procedimento faz toda diferença em relação à famosa lex taliones, como cristãos não devemos nos opor ao trabalho da justiça, mas temos a opção pessoal de responder com a graça, o amor e o perdão divino.
Por assumirem o princípio cristão da não-violência, líderes como Mahatma Gandhi e Martin Luther King Jr fizeram toda a diferença no contexto social no qual estavam inseridos. O último inclusive enfatizou que “se aplicarmos o princípio olho por olho e dente por dente, terminaremos todos cegos e desdentados”.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

IRRECONCILIÁVEIS

Além de serem amantes de si mesmos e soberbos, os homens dos tempos difíceis nos quais estamos vivendo também são irreconciliáveis (2 Tm 3.3 – ARC). Neste versículo, a palavra “irreconciliáveis” é a tradução do adjetivo grego “aspondoi”, o qual ocorre na Bíblia em 2 Tm 3.3, mas também como uma variante textual em Rm 1.31 apenas nas versões da Bíblia traduzidas a partir do Textus Receptus, como a ARC.
O vocábulo “aspondoi” é o plural de “aspondos”, que significa irreconciliável. Se refere ao estado de recusa da reconciliação, à pessoa que não quer saber de negociação ou pacto, uma pessoa implacável que não está predisposta ou persuadida a entrar em uma aliança ou acordo. A pessoa irreconciliável é insensível e, de maneira hostil, se recusa a concordar com qualquer termo ou proposta de paz. Ela não consegue estabelecer a paz. Ela é inconciliável e inexorável quanto a reconhecer um vínculo, uma amizade, um acordo e uma obrigação. Essa disposição hostil inflexível e sem trégua em relação a paz e a harmonia entre as pessoas é um dos resultados da transgressão do segundo grande mandamento, que é o de amar o próximo como a si mesmo (Mc 12.31).
Há pessoas que aborrecem outras sem nenhum motivo, que injustamente se colocam como inimigas das outras e procuram destruir supostos adversários (Sl 35.19b; 38.19b. 69.4). Pessoas assim são odiosas e vivem em malícia e inveja, odiando umas às outras (Tt 3.3). Infelizmente, vivemos rodeados de pessoas que detestam a paz (Sl 120.6). Muitas delas também odeiam a Deus, a Jesus e à Igreja e, com sua cristofobia, hostilizam constantemente os cristãos (Jo 15.18-20).
Logo no primeiro livro da Bíblia, vemos que os filhos de Jacó desenvolveram uma atitude hostil e irreconciliável contra o seu irmão José, visto que “…odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente” (Gn 37.4 – NVI). Na época de Jesus, havia um clima de hostilidade e de falta de reconciliação entre judeus e gentios, especialmente entre judeus e samaritanos (Lc 9.52-56; Jo 4.9). Era como se estivesse uma parede de separação dividindo esses dois povos (Ef 2.11-19). Ao judeu, era proibido se ajuntar ou até mesmo se aproximar de algum gentio (At 10.28).
Os sentimentos de aversão, repulsa, antipatia e repugnância entre as pessoas, também geram discriminação de pessoas quanto à cor da pele, sexo, nacionalidade, etnia, cultura, grupo social, religião e outras condições. Pessoas intolerantes não suportam outras só porque pensam e vivem diferente delas.
Em Atos dos Apóstolos, vemos que Paulo e Barnabé não conseguiram chegar a um acordo quanto à questão de levar, ou não, João Marcos para a segunda viagem missionária deles. Barnabé queria leva-lo, mas Paulo não aceitava (At 15.37-38). Paulo e Barnabé “tiveram um desentendimento tão sério que se separaram” (At 15.39a – NVI). Na igreja que estava em Filipos, as obreiras Evódia e Síntique estavam com dificuldade de chegarem a um denominador comum a respeito de alguma coisa, de modo que apóstolo Paulo pediu que elas chegassem a um entendimento (Fp 4.2-3).
A pessoa irreconciliável e implacável também é uma pessoa que tem dificuldade de perdoar. Um exemplo disso é o credor incompassivo da parábola contada por Jesus que não perdoou uma pequena dívida do seu conservo, mesmo após ter sido beneficiado pelo perdão de uma dívida impagável (Mt 18.23-35). No livro de Levítico, dois mandamentos bíblicos são muito claros: “não aborrecerás a teu irmão no teu coração…” (Lv 19.17), mas “…amarás o teu próximo como a ti mesmo…” (Lv 19.18). No Sermão do Monte Jesus disse que os pacificadores são bem-aventurados (Mt 5.9), e nos recomendou a não se vingar do homem perverso (Mt 5.39), e a amar nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem (Mt 5.44). Leia Romanos 12.17-21.
Peremptoriamente, a Bíblia condena e recomenda o abandono da atitude hostil e irreconciliável entre as pessoas, enquanto aconselha a seguirmos a paz e sermos cordatos. Tanto o salmista como Pedro nos recomendam que devemos nos afastar do mal e fazer o bem, além de nos esforçarmos para conseguir e manter a paz (Sl 34.14; 1 Pe 3.11).
Portanto, meu querido leitor e minha amada leitora, não sejamos irreconciliáveis ou implacáveis com ninguém nos nossos relacionamentos, mesmo que tenhamos razão em alguma questão. Procure a reconciliação (Mt 5.23-25). Não espere que a pessoa que te magoou procure você para pedir perdão. Seja forte e tome a iniciativa de procura-la para uma reconciliação.

Ev. Fábio Henrique (Bacharel em Teologia, 1º Secretário da IEADEM e professor da EBD e do CETADEM)

CARNAVAL, UMA FESTA PAGÃ

Dizem que o carnaval é alegria do povo, expressão da cultura e folclore popular. Mas a euforia do carnaval desde sua origem até nossos dias tem mostrado que não vale a pena uma festa com resultados tão abomináveis. Dedicado ao Momo, deus da mitologia grega que representa a zombaria e o sarcasmo. O carnaval brasileiro debocha dos princípios morais de maneira escandalosa. Apoiada pela televisão sem nenhuma ou pouca censura, a “festa da globeleza” é convidativa ao desequilíbrio sexual e faz o governo distribuir gratuitamente camisinhas aos foliões com o dinheiro dos contribuintes fiéis às suas esposas. Carnaval, comumente mantido nos países católicos, essa festa que arrebata multidões para as ruas, promove desfiles suntuosos, enfeites, comilança, excessos em geral e também muita violência, liberalidade sexual etc. Ao estudarmos a origem do Carnaval, vemos que ele foi uma festa instituída para que as pessoas pudessem se esbaldar com comidas e festa antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a Páscoa, a Quaresma.

Na verdade, o carnaval é uma festa pagã que tentaram mascarar para parecer com uma festa cristã, assim como fizeram com o Natal. Os romanos adoravam comemorar com orgias, bebedices e glutonaria. A Bacchalia era a festa em homenagem a Baco, deus do vinho e da orgia, na Grécia, havia um deus muitíssimo semelhante a Baco, seu nome era Dionísio, da Mitologia Grega Dionísio era o deus do vinho e das orgias.

“O Festival Dionisiano era muitas vezes orgíaco, adoradores algumas vezes superavam com êxtase e entusiasmo ou fervor religioso. (Jogos também faziam parte desse festival.)” O Festival Dionisiano então, não parece ser a mesma coisa que a Bacchanalia e o Carnaval? Nós, os Cristãos, não devemos concordar de modo algum com essa comemoração pagã, que na verdade é em homenagem a um falso deus, patrono da orgia, da bebedice e dos excessos, na verdade um demônio. Prova disso é o resultado nefando, que após os cinco dias de carnaval os jornais estampam com o balanço de todos os males que ele provocou. Uma pesquisa revela que o mês de novembro é recordista no registro de mães solteiras (em muitos casos, o pai sequer é conhecido). E o carnaval parece ser a explicação para esse fenômeno. O consumo de drogas também aumenta assustadoramente nesse período carnavalesco.

Uma das maiores mensagens que de Deus se ouviu é que ELE é luz e que NELE não há treva nenhuma. É por isso que Jesus Cristo, disse de si mesmo: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas.” (João 8.12)

O apóstolo João diz: “Se dissermos que temos comunhão com ELE, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade“. (1 João 1.6)

Na verdade o cristão tem motivos de sobra para se alegrar, porque a vida sempre é agradável para as pessoas que têm um coração alegre, como diz a palavra de Deus: “ Todos os dias do aflito são maus, mas o coração alegre tem um banquete contínuo” (Provérbios 15.15). É uma alegria que vem da fé num Deus vivo e não num deus morto (Momo é um deus morto que conforme a mitologia foi expulso do Olimpo para ser na Terra o rei dos loucos). A Bíblia diz que os loucos pecam e não se importam (Provérbios 14.9). Por ser o carnaval uma reedição moderna das religiões pagãs e um convite à promiscuidade, por ser uma festa que destrói o casamento e a família, por ser um “louvor à carne”, ofendendo o único Deus que se fez homem, morreu e ressuscitou para oferecer a alegria que não acaba. Assim sendo, o cristão tem outros motivos para festejar, para extravasar sua alegria, como bem orienta o salmo 150 “com som de trombeta, com saltério e harpa, adulfe a flauta; instrumentos de cordas e com órgãos. Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor”. Além de ser algo saudável para a sua fé, é um testemunho para este mundo infeliz que tanto Deus ama. Nossa oração é que Deus tenha misericórdia, pois o seu desejo é: “que todos os homens se salvem , e venham ao pleno conhecimento da verdade” (I Tm 2.4). Que Ele também nos ajude a cumprir com nossa Missão.

Pr. Francisco Vicente (1º Vice-Presidente da AD em Mossoró e diretor do Departamento de Missões)

CARNAVAL, FESTA DA CARNE E DA MORTE

“A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela serão desolados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão” (Is 24.4-6).
Ao tempo em que escrevo esta palavra, o Brasil está lamentando a morte de mais de duas centenas de vidas que foram ceifadas (queimadas), numa casa noturna, na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, vítimas de um incêndio provocado pelo show pirotécnico realizado, de forma imprudente, por um conjunto musical que ali se apresentava.
Esse texto do profeta Isaías está inserido num contexto que define o relacionamento de Deus como Juiz para todo o mundo e declara como Ele punirá o pecado. Não é o meu objetivo fazer aqui uma interpretação do texto, mas sim, uma aplicação para os nossos dias, em especial para este mês de fevereiro.
É muito comum nessa época do ano lermos ou ouvirmos textos que procuram fazer uma análise etimológica da palavra “carnaval” ou ainda que buscam fazer uma “resenha histórica” dos assuntos carnavalescos. Estes enfoques não são o meu propósito, pois creio que é do conhecimento da maioria das pessoas o que os historiadores afirmam: a origem do carnaval vem das festas da antiguidade, caracterizadas pelas danças ruidosas, máscaras e uma licenciosidade desgovernada. O que estamos vendo nos dias de hoje, é de fato, a mesma festa da carne, com alguns agravantes em relação à sua origem.
Em muitas cidades do nosso estado esta festa mobiliza a maioria dos moradores e arrasta uma multidão que vem de outros lugares. É um período em que as pessoas parecem possuir uma licença para pecar. Um tempo de destruição e prejuízo. Vidas são ceifadas por overdose de drogas, famílias são arruinadas devido à infidelidade, jovens e adolescentes engravidam prematura e irresponsavelmente, além das inúmeras mortes causadas por acidentes automobilísticos devido a ingestão de bebidas alcoólicas.
É nesse contexto que, nós que fazemos a IEADERN, estamos inseridos e não podemos nem devemos fugir da nossa responsabilidade. Na verdade nós estamos neste mundo para sermos sal e luz. É nossa obrigação mostrar a esta multidão que não sabe para onde está caminhando qual o verdadeiro caminho e que somente em JESUS ela pode encontrar a verdadeira alegria e a vida abundante.
Lembremo-nos das palavras do profeta Isaías: “a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna”.
Mais do que nunca é tempo de clamarmos a Deus, intercedendo pela sociedade brasileira, pelas nossas famílias, especialmente pelos nossos filhos que são mais vulneráveis a estas influências, por estarem mais expostos a elas no ambiente escolar. É tempo de clamarmos a Deus por misericórdia, para que a loucura desta festa não atinja os membros e congregados das nossas igrejas. Oremos a Deus para que a alegria do Espírito Santo encha os nossos corações, seja uma constante em nossas vidas e nos mantenha puros nestes tempos maus.

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

Só Jesus limpa a mancha no coração

Um homem limpava uma enorme vitrine usando uma escada. Com muito esforço, esfregava o vidro procurando tirar uma mancha, mas não conseguia. Embaixo, um menino que acompanhava o esforço do limpador sorria sem parar. Irritado, o homem lhe perguntou o porquê do riso. Ele respondeu: “Eu quero ver quanto tempo você levará para descobrir que a mancha está do lado de dentro”. Ou seja, o pobre homem queria tirar a mancha do lado errado! Desse jeito, ela nunca sairia mesmo.
Essa realidade se repete na vida de muitas pessoas. Muitas pessoas se encontram com problemas em seus corações, mas se voltam para a aparência externa como se o problema fosse externo. Com o desenvolvimento da ciência médica, os esteticistas conseguem tirar manchas na pele, restauram partes do corpo que foram mutiladas, fazem adaptações, enxertos, colocam botox, porém tudo do lado de fora, quando há pessoas com manchas na alma, no coração, na consciência. Alguns tentam limpá-las, mas polindo do lado errado.
De nada adianta vestir bem o corpo quando a alma está manchada pelo pecado. Há muita sujeira que necessita ser tirada: infidelidade, enganos, mentiras, calúnias que causaram danos etc. Só o bondoso Jesus pode tirar as manchas do lado de dentro.
Lembremos do cego de nascença de João 9, da mulher samaritana de João 4 e do endemoninhado gadareno, que depois de ser liberto por Jesus, encontraram-no assentado, vestido e em perfeito juízo (Lucas 8.35). Não podemos esconder a nossa alma manchada dos olhos de Deus, pois Ele vê todas as coisas.
Há muitas crianças e jovens cujas manchas são congênitas, nasceram em lares com sérios problemas morais; são pessoas com péssima formação espiritual e de caráter, pois presenciaram seus pais e irmãos viverem com as mãos manchadas, drogando-se e prostituindo-se. Para os tais, escola, prisão, violência, nada resolve, só a operação do bondoso Jesus pode transformá-las. A mancha do pecado está do lado de dentro, só o sangue de Jesus pode limpar.
Davi clamava em Salmos 51: “Cria em mim um coração reto” e “Torna a dar-me a alegria da tua salvação”. Ele dizia: “Sara a minha alma, porque pequei contra ti”.
Em Salmos 41.4, vemos que o rei Davi, que parecia estar bem, estava, na verdade, manchado do lado de dentro, pois havia cometido um adultério e um assassinato. Tudo estava oculto, até Deus mandar o profeta Natã desmascarar o rei pecador. Davi confessou, arrependeu-se e Deus o perdoou, mas ele pagou um alto preço pelo seu pecado.
Não adianta trocar de religião, dar esmolas e até fazer sacrifícios. Não adianta lavar com sabão ou salitre. Só o sangue de Jesus nos limpa dos nossos pecados!
“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).

FONTE: www.cpadnews.com.br

COMEÇOU O ANO NOVO!

Vivemos em um mundo bastante desanimador. No início de um novo ano, procuramos em vão por perspectivas de tempos melhores.
Se analisarmos a situação internacional, se observarmos as dificuldades econômicas e o baixo nível moral dos povos, não há muitos motivos para esperar por momentos mais luminosos para este mundo.
Até mesmo é duvidosa a realização dos anseios que temos para nossa vida pessoal neste novo ano.
No entanto, ainda existe a bandeira da esperança que tremula em cada coração, e mesmo diante do abafado da incerteza e da insegurança grita e ecoa que ainda há uma oportunidade “VAI COMEÇAR DE NOVO”.
Admiro muito o espírito e a vontade de toda a humanidade pelo desejo de querer e desejar coisas novas, porém fico impressionado com a falta de interesse pela reconstrução, e poder recomeçar de novo aquilo que já existe.
Tudo na vida está embasado em princípios que direcionam um começo e um fim, e que dentro deste espaço está inserido a oportunidade de mudar e recomeçar aquilo que já existe.
O grande questionamento é sabermos diagnosticar onde se encontra o “X” da questão, a fim de chegarmos a uma conclusão do que precisamos mudar e ou recomeçar.
Ninguém muda nada na vida se não começar a fazer sua própria mudança. É preciso tomar a decisão de mudar. Uma mudança sempre embarca no mundo dos sonhos e das novas realizações, principalmente quando se tem a coragem de mudar o que está errado.
Então, está decidido a começar pela sua própria mudança? Não se preocupe com as mudanças do universo que está ao seu lado, logo que você mudar verá a transformação que acontecerá no seu casamento, seu lar, seu trabalho, sua igreja e seu mundo.
Mostre autenticidade, colocando a restauração do seu “EU” como um ideal de vida. Não desista fácil, vá em frente, continue procurando um método, um meio para a sua vida voltar a ser o que era antes.
Filipenses 4.8 nos deixa uma boa receita para começarmos a fazer essa mudança em nossa vida: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.
O ano novo é um momento de olhar para frente, de imaginar o futuro sob um novo ângulo, de nos comprometermos com uma visão maior para nossa vida. Nos dias que antecedem a passagem de ano, muitos trocam votos de “feliz ano novo”.
Isso é agradável e expressa nosso desejo de felicidades para os nossos amigos e parentes. Contudo, o novo ano não será muito diferente se as pessoas não mudarem.
O que é bom deve ser mantido. Os votos e as promessas não podem ser esquecidos. Mas os maus hábitos precisam ser eliminados. Se quisermos um ano bom, precisamos ser melhores do que fomos até agora. O que já fazemos bem, precisamos fazer melhor. É preciso investir e acreditar nos projetos elaborados para concretização das mudanças.
O ano velho terminando, e o novo ano começando. Uma autoanalise e uma reflexão é preciso e ajudará nas mudanças que necessitamos realizar para recomeçar. Como está a minha comunhão com Deus? Como deverá ser minha vida com Deus neste novo ano? Quais serão minhas prioridades? O que o Senhor espera de mim? Os propósitos que você estabeleceu para o ano novo podem influenciar seu espírito, sua alma e seu corpo se você realmente deseja aperfeiçoar sua vida íntima e seu relacionamento com Jesus Cristo. Mesmo que você falhe em algum dia, não desista. A Bíblia faz a seguinte declaração sobre o ser humano: “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é…” Provérbios 23.7.
Ao investir tempo no estudo da Palavra de Deus e meditar em suas verdades, você tem condição de aplicar à sua vida o que tem aprendido nas Escrituras. O salmista afirmou: “Bem-aventurado, ‘feliz’ o homem que não anda no conselho dos ímpios… Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. É essa postura que auxilia a pessoa nas muitas decisões que precisa tomar diariamente em sua vida.
Também você pode começar o novo ano como uma nova criatura em Jesus Cristo! Então sua tranquilidade e seu êxito na vida não dependerão mais das circunstâncias, pois você terá uma nova vida, que se manifestará em novos anseios e em novos rumos da sua vontade.
Novas forças estarão à sua disposição! O “novo homem”, nascido do alto pela fé em Jesus Cristo, poderá dar passos confiantes no novo ano. Esta é uma maravilhosa mensagem para você! Será possível encontrar a Deus na condição de pessoa que foi perdoada, que foi purificada dos seus pecados. Você terá sido renovado através de Jesus Cristo, tornado aceitável diante de Deus através dos méritos de Jesus Cristo, seu Redentor.
E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. II Coríntios 5.17.

Deus te abençoe…
Feliz 2017

Pr. Elumar Pereira  (Diretor do Departamento da Família da IEADEM )

LÍDERES SÃO RESPONSÁVEIS POR CAPACITAR SEUS LIDERADOS

Vamos fundamentar esta reflexão em Efésios 4:11-13, que proporciona um brilhante pano de fundo no tocante a capacitar os outros. “Foi ele (Cristo) quem escolheu alguns para serem apóstolos, alguns para serem profetas, alguns para serem evangelizadores e alguns para serem pastores e professores, para preparar as pessoas de Deus para a obra do ministério, de modo que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos nós alcancemos a unidade na fé e no conhecimento do Filho de Deus e nos tornemos maduros, atingindo a medida da plenitude de Cristo.”
Líderes – pessoas que têm influência, incluindo você – são responsáveis por usar seus dons dados por Deus para preparar ou capacitar os santos – os membros do corpo de Jesus Cristo, a Igreja – para a obra do ministério. Embora se enfatize primariamente Efésios 4:12, os versículos 11 e 13 também focam nos objetivos e fornecem grande apoio e incentivo para todos que desejam desenvolver ministérios frutíferos.
O versículo 11 fala sobre os diferentes dons que Cristo deu ao corpo de Cristo. O versículo 13 fala sobre fé, conhecimento, maturidade e estar cheio das qualidades de Cristo. Você notou? Quer sejamos líderes que capacitam ou aqueles que são liderados, todos nós partilhamos da responsabilidade conjunta de sermos capacitados para a “obra do ministério”, por isso podemos ser úteis na promoção do Reino de Deus e ter um impacto nas vidas das pessoas ao nosso redor.
Antes de continuar vamos definir o que são Competências, Recursos e Compreensão.
COMPETÊNCIA: “Uma habilidade para fazer algo com as mãos, corpo ou mente”.
RECURSOS: “Coisas que o dinheiro pode comprar; o que precisamos para fazer nosso trabalho: ferramentas, equipamentos, suprimentos…”.
O essencial para capacitar os outros COMPREENSÃO (ou conhecimento): “A qualidade da compreensão, não apenas de conhecer os fatos, mas também como aplicá-los”. Destas três definições que permeiam a questão da capacitação de outros quero enfatizar que é importante para você, e para todos os outros líderes, reconhecer três áreas da compreensão: O PROPÓSITO OU MISSÃO, O OBJETIVO E A AUTORIDADE.
Estas três áreas desempenham um papel crucial em capacitar as outras pessoas. Compreendendo a razão principal: “o objeto ou a razão pela qual algo existe.” Todos nós precisamos compreender claramente a razão ou propósito porque nós fazemos o nosso trabalho. Propósito é a “visão geral” que explica porque fazemos o que fazemos. Jesus sabia como era importante para os cristãos compreender o Seu propósito para suas vidas. Observe o que Ele disse aos Seus discípulos: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto – fruto que permaneça “João 15:15-16 (grifo meu). Esta mesma verdade se aplica a você hoje. Jesus não apenas espera que você seja um servo; Ele te chama de Amigo e quer que você entenda o propósito que Ele tem para você. É importante que uma pessoa que se alista para a obra do ministério também compreenda seu propósito. Um elemento-chave sobre capacitar outros é guiá-los a um entendimento de um propósito em comum. Ter claro os objetivos a serem alcançados e usar da autoridade (poder de ação) para o desempenho da missão que foi confiada. Como líderes temos a responsabilidade de capacitar os outros usando as ferramentas disponíveis e ensinando aos nossos liderados os princípios e motivações coerentes com o reino de Deus e a organização que estamos envolvidos. Lidere onde estiver! Abração a todos.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

POSSO TODAS AS COISAS

O versículo 13, do capítulo 4, da Epístola de Paulo aos Filipenses, costuma ser citado como uma espécie de amuleto, a fim de justificar atitudes precipitadas de alguns cristãos. Há quem, com base nessa passagem, defenda que não há limites para a fé. Aqueles que se consideram mais ousados, utilizam essa passagem para decretar a realização dos seus desejos, mesmo que esses sejam contrários à vontade de Deus. Faz-se necessário, no entanto, interpretar esse texto no contexto da referida Epístola, fazendo as aplicações devidas, respaldadas pela intenção do autor.
Destacamos, inicialmente, que o versículo não se reduz a “posso todas as coisas”, o Apóstolo acrescenta: “naquele que me fortalece”. Avaliemos, a princípio, a intenção de Paulo ao dirigir essas palavras aos crentes filipenses. Somente depois desse exercício, poderemos considerar as possibilidades de aplicação desse texto em nossas vidas. Adiantamos que a expressão “todas as coisas”, na verdade, não significa “qualquer coisa que desejamos”. Essa interpretação pode ser assim compreendida ao identificarmos que essa passagem foi escrita por Paulo quando esse se encontrava preso em Roma.
A igreja de Filipos foi plantada por Paulo durante uma das suas viagens missionárias, e se tornou um centro evangelístico, que muito estimava esse Apóstolo. Durante sua prisão, essa generosa comunidade de fé enviou-lhe uma oferta. Em resposta, escreveu uma Epístola àqueles irmãos, agradecendo a atenção deles, e o mais importante, admoestando-lhes a permanecerem firmes, e a se regozijaram no Senhor. O objetivo principal da Carta é levar os crentes a confiarem em Deus, que suprirá suas necessidades em Cristo Jesus (Fp. 4.19).
Paulo admoesta os irmãos daquela igreja a viverem pela fé, e a não depositarem sua confiança nas circunstâncias. Eles deveriam saber que o Senhor estava no comando das suas vidas, e que Ele supriria suas necessidades, ensinamento também dado por Jesus (Mt. 6.24-25). Por isso, antes de dizer que “pode todas as coisas naquele que me fortalece” (v. 13), declara: “porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” (Fp. 4.11,12).
Depois de agradecer pela oferta recebida, ressalta que a Igreja deve aprender a estar contente, independentemente das situações. Esse é o contexto de Fp. 4.13, nada tem a ver com decretar, ou mesmo tomar atitudes precipitadas, pensando que Deus dará garantias. Em outras palavras, Paulo assegura que o Senhor é Aquele que dá fortaleza, e confiança para que as pessoas não vivam preocupadas. Esse é um aprendizado que todo crente é desafiado a buscar, trata-se de maturidade espiritual, demonstrada na capacidade de viver com muito, e também com pouco. Não podemos esquecer que a graça de Deus nos é suficiente, e que o Seu poder se aperfeiçoa em nós através das fraquezas (II Co. 12.9,10).
Sendo assim, o que podemos compreender e interpretar e, por conseguinte, aplicar para nossas vidas, a partir dessa passagem bíblica, é que Deus nos dará força para estar contentes quando as coisas não acontecerem da maneira que desejamos. Devemos continuar crescendo em nossa experiência com o Senhor, e não devemos colocar nossa confiança nas circunstâncias, principalmente nas riquezas. O texto de Fp. 4.13 tem um significado ainda mais especial quando o compreendemos, e aplicamos no contexto da Epístola. Nos reafirma que Deus está conosco, que Ele continuará nos dando forças, ainda que as circunstâncias sejam desfavoráveis.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

SEM AMOR PELA FAMÍLIA

Além de serem amantes de si mesmos e desobedientes aos pais (2 Tm 3.2), as pessoas dos tempos difíceis nos quais estamos vivendo também não têm amor pela família (2 Tm 3.3 – NVI). Elas são desafeiçoadas e desprovidas de afeto natural. O adjetivo grego que Paulo usa para caracterizar essa falta de amor pela família é “astorgos”, um vocábulo derivado de “a” (elemento de negação), e de “stergõ” ou “storge”, que significa amor familiar, especialmente o amor mútuo entre pais e filhos.
A palavra grega “astorgos” só ocorre na Bíblia em 2 Tm 3.3 e em Rm 1.31, e denota a pessoa sem afeição natural, desafeiçoada, “desumana” e “sem coração”, que não demonstra o típico e esperado afeto humano natural pelos seus parentes e familiares. Essas pessoas são indiferentes aos pais. Elas não demonstram apego aos seus progenitores. Da mesma forma, elas também são indiferentes e desafeiçoadas com os filhos. Não ligam, não protegem, não educam e nem cuidam adequadamente dos filhos. Por outro lado, vemos a demonstração do amor “stergõ” até mesmo entre os animais, quando, por exemplo, uma fêmea ou macho cuida, protege e convive em harmonia com a sua prole. A afeição natural entre pais e filhos e entre filhos e pais é fundamental para a preservação das espécies animais, como também da raça humana.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a palavra “stergõ” ou “storge” não ocorre na Bíblia. No entanto, a Bíblia registra em apenas um versículo (Rm 12.10) a ocorrência de uma palavra grega derivada de “stergõ” e que se contrapõe à “astorgos”, que é o adjetivo “philostorgos”. O texto de Rm 12.10 afirma: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal…”. Essa expressão “amai-vos cordialmente” é a tradução da palavra grega “philostorgos”, indicando que o imperativo de Deus no início deste versículo é para praticarmos o amor familiar, especialmente o amor mútuo entre pais e filhos e entre cônjuges.
Uma palavra quase sinônima de “philostorgos”, e que também ocorre só uma vez na Bíblia (Tt 2.4), é “philoteknos”. Este adjetivo grego caracteriza a pessoa que ama a sua descendência ou os seus filhos. Em Tt 2.4, Paulo usa a palavra “philoteknos” para se referir à necessidade e obrigação das jovens recém-casadas amarem seus filhos. Enquanto o amor “stergõ” ou “storge” é uma dádiva do Criador para nós e uma bênção para as famílias, a falta dele (“astorgos”) é um desastre para as famílias. Ao demonstrarmos amor familiar, refletimos as digitais do Criador na nossa vida.
O amor stergõ é uma providência divina em nosso favor. Porém, o pecado entrou na raça humana e, como consequência, os homens têm experimentado a degradação das suas qualidades morais, espirituais e naturais (Rm 1.18-32). Isso tem levado o homem à adoção de práticas contrárias à natureza, dentre elas a perda da afeição natural pela família (Rm 1.31).
Após a entrada do pecado no mundo, a falta de amor familiar fez a primeira vítima de homicídio da história da humanidade, que foi a morte de Abel praticada pelo seu irmão Caim (Gn 4.8-10). Na história dos reis de Israel, vemos vários exemplos de falta de amor familiar. Na família de Davi, o seu filho primogênito Amnon foi tomado por um apetite sexual desordenado e cometeu os pecados de incesto e de estupro contra sua irmã Tamar (2 Sm 13.1-22). Isso causou o ódio do seu irmão Absalão (2 Sm 13.22), que depois o matou (2 Sm 13.28-29). Alguns anos depois, Absalão cobiça o trono do seu pai e conspira contra Davi (2 Sm 15.1-6,10-12), além de coabitar com as concubinas de Davi à vista de todo o Israel (2 Sm 16.21-22). Só um filho desnaturado e sem amor pela família tem coragem de fazer uma coisa dessa contra o próprio pai.
Hoje em dia vemos muitos exemplos de filhos que abandonam seus pais e não lhes dão nenhuma assistência econômica ou afetiva. Outros não querem ter trabalho com os pais e os abandona em casas de abrigo para pessoas idosas. Na terceira idade, um dos maiores sofrimentos dos pais é a solidão causada pela indiferença e a falta de amor familiar dos seus filhos e demais parentes. Na atualidade, uma das maiores demonstrações da perda do afeto natural dos pais pelos filhos é quando se pratica um aborto. Deus considera o ventre materno como um lugar tão seguro e protegido para o bebê indefeso, que Ele mesmo resolveu se fazer carne dentro do útero de uma mulher.
Numa família, quando há amor familiar mútuo entre os cônjuges e entre pais e filhos, se cumpre nessa família as bênçãos do Salmo 128. Dessa forma se expressou o salmista: “Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR!” (Sl 128.4).

Ev. Fábio Henrique (Bacharel em Teologia, 1º Secretário da IEADEM e professor da EBD e do CETADEM)


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