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AD MOSSORÓ - ASSEMBLEIA DE DEUS NO RIO GRANDE DO NORTE – MOSSORÓ

DEUS, SARA A NOSSA TERRA!

O rei Salomão estava consagrando o templo de Jerusalém ao Senhor. Na festa de inauguração, a glória de Deus encheu o templo. O povo ao ver a gloriosa manifestação de Deus, prostrou-se e o adorou. Deus, então, apareceu a Salomão e fez-lhe uma promessa, dizendo que, em caso de crise e juízo sobre a nação, se o seu povo se voltasse para Ele, então seus pecados seriam perdoados e sua terra seria curada. (2Cr 7.14). Quatro verdades devem ser destacadas à luz desse texto:

1. EM TEMPOS DE CRISE, O POVO DE DEUS DEVE SE HUMILHAR PERANTE A FACE DO SENHOR (2Cr 7.14)
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar…”. Na mesma medida que a obediência produz bênçãos, a desobediência atrai maldição. Quando a nação vira as costas para Deus, rejeitando sua lei, escarnecendo de sua palavra, entregando-se à toda sorte de aberrações morais, promovendo o mal e refreando o bem, o juízo divino torna-se inevitável. A humilhação ante a poderosa mão de Deus é o caminho da restauração. Enquanto o povo endurecer sua cerviz, sofrerá as consequências irremediáveis de sua desobediência. O juízo deve começar pela casa de Deus. Por isso, só uma igreja quebrantada pode chamar a nação ao arrependimento. Só quando a igreja se humilha é que Deus visita a terra com cura.

2. EM TEMPOS DE CRISE, O POVO DE DEUS DEVE ORAR COM FERVOR (2Cr 7.14).
“Se o meu povo, que se chama pelo nome […] orar, e me buscar…”. O pecado produz sofrimento para a nação, mas a oração abre o caminho da restauração. Quando a igreja se prostra para orar, Deus restaura a nação. Quando a igreja ora, o braço de Deus se move para restaurar o povo. A oração é a maior arma da igreja, pois Deus age por intermédio da oração. A oração é revolucionária, pois orar é conectar o altar ao trono, é unir a fraqueza humana à onipotência divina. Quando a igreja se prostra em oração diante de Deus para buscar sua face, o caminho da restauração e do avivamento é aberto.

3. EM TEMPOS DE CRISE, O POVO DE DEUS DEVE ABANDONAR SEUS MAUS CAMINHOS (2Cr 7.14)
“Se o meu povo […] se converter dos seus maus caminhos…”. Os pecados do povo de Deus são mais graves do que os pecados das demais pessoas. Isso, porque, o povo de Deus peca contra um maior conhecimento. O povo de Deus denuncia o pecado em público e, não poucas vezes, o pratica em secreto. Quando um cristão cai, sua queda torna-se pedra de tropeço para os incrédulos. O caminho da restauração passa pela confissão e pelo abandono do pecado. Uma igreja mundana e secularizada é sal que perdeu o sabor. É luz debaixo do alqueire. Seu testemunho é ineficaz, sua voz é confusa e sua influência é pífia. O povo de Deus é convocado pelo próprio Deus a se converter de seus maus caminhos. Quando isso acontece, então sua cura brota sem detença e a nação toda é abençoada.

4. EM TEMPOS DE CRISE, QUANDO O POVO DE DEUS SE VOLTA PARA DEUS, ELE SE VOLTA PARA SEU POVO PARA SARAR A NAÇÃO (2Cr 7.15)
“… então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. O povo de Deus precisa passar pela porta do arrependimento para ser perdoado e curado. Nosso país está doente e caído pelos seus pecados. Desde o palácio às choupanas, desde o parlamento às cortes, desde a igreja às famílias, desde à indústria ao comércio, desde as salas das escolas às ruas, nossa nação tem multiplicado seus pecados contra Deus. O descalabro moral que feriu com golpes profundos nossa classe política e importantes setores da sociedade é consequência desse descaso com as coisas de Deus. A solução para o Brasil não está apenas nas decisões de nossas cortes nem apenas no escrutínio do voto popular. A solução para o Brasil está em Deus. Se nos voltarmos para Deus em arrependimento, ele se voltará para nós em graça e misericórdia!

FONTE: hernandesdiaslopes.com.br

LIDERE ONDE ESTIVER – PERCEPÇÃO E RESPONSABILIDADE

Um líder precisa ter afinidade com estas palavras

Estamos constantemente incentivando a você desenvolver suas habilidades em liderança, bem como fundamentando conceitos de fortalecimento da mesma. Por isto resolvi abordar duas palavras fortes na construção de uma boa liderança. A percepção é a primeira. A forma como você absorve e interpreta os diversos acontecimentos a seu redor é chamada de percepção. Um bom líder está atendo e interpreta de forma saudável e coerente os acontecimentos ao seu redor e reage de forma construtiva a cada situação posta. Para que isto aconteça devemos exercitar uma visão tridimensional dos relacionamentos que temos em nossa liderança; entendendo que isto faz parte da nossa visão sobre nos mesmos e os outros. Ou seja: Como você se vê? Como você vê os outros? Como os outros lhe veem?. O conjunto de respostas produz um conceito (às vezes, vários conceitos) que guiará nossa forma de conduta na relação com as pessoas que lideramos todos os dias. Sua perspectiva ao entrar em um relacionamento irá impactar muito como aquele relacionamento se mostra. Por exemplo, mostre-me uma pessoa que se vê negativamente, e eu lhe mostrarei uma pessoa que vê outros de uma forma negativa. Nós agimos como nós nos vemos. Na realidade, é impossível desempenhar  constantemente um padrão de comportamento que seja incoerente com a forma que nós nos vemos. As pessoas que gostam de si mesmas, tendem a gostar dos outros também. Aqueles que desconfiam de si mesmo, também tendem a desconfiar dos outros também. Refletimos muito em nossos relacionamentos as “bondades” e “mazelas” que estão dentro de cada um de nós. Elas funcionam como filtros e afetam diretamente nossa percepção das coisas ao nosso redor. O que está dentro de nós contamina o que vemos e como interpretamos o que vemos tem o poder de fazer o mesmo. Jesus nos disse que “amássemos nosso próximo como a nós mesmos” (Mateus 22:39). Somos propensos a amar os outros na mesma proporção que nos amamos. Infelizmente, nem sempre nós vemos nossa perspectiva torcida, e culpamos os outros pelos sentimentos negativos que nós temos de nós mesmos. Jesus fez uma boa pergunta quando Ele disse: “E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho?” (Mateus 7:3)? Bem, tudo isto gera um caminho de reflexão de mão dupla. Na mesma medida que devo pensar “no que estou vendo?” (percepção), devo pensar “quais tem sido minhas atitudes?”. Isto me leva a próxima palavra: Responsabilidade. Romanos 12:18 nos diz: “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.” Uma paráfrase desta passagem poderia ser: Faça o melhor que você pode para se dar bem com todo o mundo. Mas perceba que de vez em quando você terá um relacionamento com uma pessoa difícil que pode sair do ideal. A chave é tomar uma decisão de responder bem. Relacionamentos bem sucedidos assumem suas RESPONSABILIDADES. Relacionamento é a trilha da liderança. Vamos ter que sempre andar nela; então precisamos desenvolver relacionamentos sadios em nossa liderança e isto requer que tenhamos compromisso com o ministério que estamos desempenhando. O que esta em sua mão para fazer? Faço-o. O que depende de você? Faço-o. O que você não fez ainda, mas pode fazer? Faço-o. Assuma. Não transfira, nem jogue para os outros, não acuse, nem crie desculpas e justificativas; entenda, sua liderança passa pela avaliação de responsabilidade. Nesta linha de pensamento você deve saber que é responsável pela forma como trata os outros, independente de como os outros lhe tratam. Você deve agir intencionalmente e não reativamente, para que não fique sujeito a um comportamento inadequado a missão que lhe foi dada. Deve se ver e ver aos outros da forma que Deus vê. Esta é sua fortaleza e alimento para agir de forma correta. Saiba que Deus esta pronto para nos ajudar em nossa limitações; Ele não rejeita o quebrantado e humilde de coração; o que tiver faltando para termos um bom equilíbrio em nossa percepção e responsabilidade, peça a Deus e faça sua parte. Lidere onde estiver. Até o próximo encontro, em nome de Jesus.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

INFERNO

O ensinamento bíblico a respeito do inferno é um dos menos populares, e cada vez menos se tem dado atenção a essa doutrina. Mas as passagens escriturísticas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, são abundantes em relação a essa verdade. Reconhecemos que na Antiga Aliança os termos referentes ao inferno são bastante escassos, e em alguns casos, a tradução da palavra inferno seria simplesmente sepultura, cuja palavra é sheol em hebraico. No entanto, existem passagens suficientes para defender a existência do inferno, mesmo no Antigo Testamento.

O termo hebraico hinnon é encontrado em dez ocasiões, se referindo também a um vale rochoso, localizado na banda sudeste de Jerusalém, também denominada de “colina dos maus conselhos”. Ele é mencionado pela primeira vez em Js. 15.8 e 18.16, apenas com enfoque geográfico, sem que haja qualquer menção ao seu significado. Essa mesma região, em II Rs. 23.10, é mencionada como o lugar no qual os israelitas dados ao paganismo sacrificavam seus filhos ao deus amonita Moloque. Essa era uma prática bastante comum durante o reinado de Manassés (II Rs. 21.6) e Acabe (II Cr. 28.3).

O profeta Isaias também faz referência a esse lugar, mas com uma conotação relacionada ao significado do inferno no Novo Testamento (Is. 30.33). Para ele, essa localização é uma representação do fogo ardente, associado ao local no qual Deus executará julgamento sobre os ímpios. A palavra equivalente no grego neotestamentário é geena, que inicialmente era o mesmo local no qual o entulho proveniente de Jerusalém era queimado. Semelhantemente a doutrina da ressurreição no Antigo Testamento, a do inferno também foi ampliada na revelação do Novo Testamento.

A palavra mais comum é hades, associada a um lugar de castigo após a morte. Essa palavra se encontra apenas em Mateus, Lucas, Atos e Apocalipse, ainda que a ideia seja encontrada em outras passagens, como I Pe. 3.19 e 4.6. Esse é um lugar de prisão com portões dos quais Cristo detém as chaves (Mt. 16.18; Lc. 16.23; At. 2.27, 31; Ap. 1.18). O hades, para o autor do Apocalipse, é também o lugar no qual se encontram alguns que ressuscitarão por último, para condenação (Ap. 20.13,14). A palavra geena, mencionada anteriormente, também alude a esse mesmo lugar.
Geena, não mais assumida como o lugar literal próximo a Jerusalém, é o abismo no qual serão lançados aqueles que foram julgados por Deus (Mt. 5.22-30; Mc. 9.43; Lc. 12.5). De algum modo é o lago de fogo do qual trata o autor do Apocalipse. Mas de algum modo poderemos diferenciar o hades de geena, considerando que aquele será colocado, no final do julgamento, juntamente com Satanás e a morte, dentro do abismo, que é o geena (Ap. 19.20; 20.10-15). Nesse sentido, podemos assumir que o geena é mais amplo, e absorverá o hades, ou seja, todos aqueles que lá habitam, distanciados de Deus.

Em suma, de acordo com os ensinamentos do Novo Testamento, o hinnon/hades/geena é um lugar de densas trevas (Jd. 13) e destruição (II Pe. 3.16), no qual o fogo arde continuamente (Ap. 19.20). Por isso Jesus não fugiu desse assunto, antes advertiu as pessoas para que não seguissem esse caminho (Mt. 5.29). Paulo destaca que um dos objetivos de Jesus foi justamente o de salvar as pessoas desse trajeto de condenação (II Tm. 1.10). Como o Apóstolo, devemos também alertar quanto a essa verdade, ainda que seja bastante impopular. Aqueles que decidem ir para o hinnon/hades/geena optam por viver eternamente longe de Deus.
A essas, como bem destacou C. S. Lewis, Deus concedeu aquilo que elas mesmas desejaram, uma vida desprovida de misericórdia, e sem possibilidade de esperança.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

FIDELIDADE

De acordo com Gálatas 5.22 o vocábulo grego “pistis” é uma das virtudes do fruto do Espírito, o qual é traduzido por “fé” na versão ARC, ou mais corretamente por “fidelidade” nas demais versões da Bíblia em português. O vocábulo “pistis” ocorre 36 vezes no Novo Testamento Grego, sendo que na Epístola aos Gálatas ele ocorre apenas duas vezes: em Gl 5.6 com o significado de fé, e em Gl 5.22 com o significado de fidelidade. Os cognatos de “pistis” ocorrem 207 vezes, sendo 55 ocorrências para “pistin”, 58 para “pistei” e 94 para “pisteōs”.

Na Bíblia, o substantivo feminino grego “pistis” tanto pode significar “fé” (significado mais comum), como pode significar “fidelidade” ou “lealdade” (significado menos comum). Nesse caso, o contexto é quem vai determinar qual a melhor tradução. Como o fruto do Espírito é produzido somente por pessoas que já tiveram a fé para salvação (At 16.30-31; Rm 10.17; Ef 2.8-9; Rm 8.1-2,5-9; Gl 5.22-25), acreditamos que a melhor tradução para “pistis” em Gl 5.22 é “fidelidade”.

A fidelidade ou lealdade é a qualidade de quem é fiel ou leal. No grego bíblico, o adjetivo “pistos” se refere a alguém que é verdadeiro, fiel, digno de confiança e que se mantém firme na fé com a qual se comprometeu, mesmo que outros a tenham abandonado. Fidelidade é o oposto de apostasia, assim como fíel é o antônimo de apóstata. A fidelidade também se refere à constância, firmeza de ânimo, perseverança e observância rigorosa da verdade. A pessoa fiel ou leal é uma pessoa digna de fé ou de confiança, porque ela cumpre com os seus compromissos.

No Antigo Testamento, as palavras hebraicas “’emeth”, “’emuwnah” e “’emunah”, são traduzidas geralmente por “fidelidade” ou “lealdade”, com o sentido de firmeza, fidelidade, estabilidade e verdade. A fidelidade de Deus é grande (Lm 3.23; Sl 108.4) e estende-se de geração a geração (Sl 119.90). O nosso Deus é o Deus fiel (Dt 7.9; 1 Co 1.9; 10.13; 2 Co 1.18; 1 Ts 5.24; 2 Ts 3.3; Hb 10.23; 1 Jo 1.9). Paulo disse que “se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2.13). Assim como o Pai é fiel, as Escrituras também declaram Jesus é fiel e verdadeiro (Ap 3.14; 19.11).

O salmista declarou que “…Já não há quem seja fiel; já não se confia em ninguém entre os homens” (Sl 12.1 – NVI) e o rei Salomão disse: “Cada qual entre os homens apregoa a sua bondade; mas o homem fiel, quem o achará? (Pv 20.6). Todavia, Deus procura os fiéis da terra (Sl 101.6). O servo do Senhor deve andar com temor, fidelidade e inteireza de coração (2 Cr 19.9), pois “…o justo viverá pela sua fidelidade” (Hc 2.4 – NVI). Neste versículo, a palavra “fidelidade” é a melhor tradução para a palavra hebraica “’emuwnah”, ao invés da palavra “fé” que é usada em outras versões.

Quem deve ser fiel ou viver em fidelidade? Todo crente salvo (Hc 2.4; Gl 5.22; 1 Tm 4.10), os membros das igrejas locais (Ef 1.1; Cl 1.2), os empregados que servem aos seus patrões (Tt 2.9-10), os mordomos ou administradores dos bens alheios (Mt 24.45; Lc 12.42), as autoridades públicas (Dn 6.4), os filhos dos pastores (Tt 1.6), todos obreiros que receberam talentos do Senhor (Mt 25.21,23), as diaconisas das igrejas (1 Tm 3.11), os tesoureiros que administram os dízimos da Casa do Senhor (Ne 13.13), os líderes encarregados pelas reformas e construções dos templos das igrejas (2 Rs 12.15; 22.7), os sacerdotes (1 Sm 2.35; Hb 2.17) e os ministros de Cristo (Ef 6.21; Cl 1.7; 4.7; 1 Tm 1.12).
O crente deve ser fiel a Deus independentemente da circunstância, até mesmo sob perseguição e risco de vida (Ap 2.10,13). Como cristãos temos que ser exemplo para os fiéis (1 Ts 1.7), ao mesmo tempo em que devemos seguir o padrão dos fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza (1 Tm 4.12). Como ministros de Cristo os pastores e mestres das igrejas devem ser fiéis à sã doutrina, tanto no sentido de preserva-la e obedecê-la, como para ensinarem aos outros (1 Co 4.1-2; 1 Tm 6.20; 2 Tm 1.12-14; 2.2).

A fidelidade do crente a Deus não implica apenas em responsabilidade, mas também em bem-aventurança e recompensa (Mt 24.46). O fiel ouvirá do Senhor as seguintes palavras: “Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21,23). À igreja de Esmirna Jesus prometeu: “…Sejam fiéis, mesmo que tenham de morrer; e, como prêmio da vitória, eu lhes darei a vida” (Ap 2.10b – NTLH).

Ev. Fábio Henrique (1º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD e do CETADEM).

O CRISTÃO E O ANO NOVO

Que bom! Já estamos no ano 2016 e com ele novas expectativas e novas esperanças para o futuro. Mas precisamos entender que o nosso futuro necessita de uma base sólida que é a nossa confiança em Deus. Nesse novo momento devemos intensificar nossas orações nossos governantes, pois, é o nosso dever orar pelas nossas autoridades, conforme nos ensina o apóstolo Paulo “ADMOESTO-TE, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade;”(I Tm 2.1-2).
Pois bem, precisamos interceder pelas nossas autoridades para que tenhamos uma vida social, econômica e politicamente equilibrada. Bem sabemos que a sociedade humana caminha para a destruição final, pois a cada dia os homens se rebelam contra Deus, Sua palavra e Sua Igreja, porém, não vamos deixar que as coisas aconteçam conforme o príncipe deste mundo, temos que fazer frente a toda sorte de pecados e mazelas que atormentam a sociedade. O ano novo chega como uma oportunidade para nós, Igreja, fazermos com determinação a Obra de Deus, o que, aliás, é um dever de cada um de nós cristão.
Vamos trabalhar pela expansão do Reino de Deus, anunciando ao mundo que, o fim de todas as coisas é chegado, mas existe uma válvula de escape, uma saída para um mundo em degradação moral e espiritual. Jesus nos convoca para essa missão urgente, quando a sua vinda em glória se aproxima e necessário se faz que, toquemos a trombeta das boas notícias para o mundo.
Também, precisamos urgentemente santificar a nossa vida no meio a uma sociedade perversa e corrompida. Lembremo-nos que somos filhos do grande Rei e precisamos andar como príncipes, oferecendo ao mundo uma nova maneira de viver, de tal forma que ele veja que pertencemos a outro Reino.
O escritor da carta aos Hebreus nos dá a seguinte advertência “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” (Hebreus 12.14).
Que o ano novo seja um ano de firmes propósitos em nossas vidas, especialmente na divulgação do evangelho para alcançar os pecadores e de santificação da nossa vida e, só assim, temos certeza de que, venha o que vier durante o ano que ora se inicia, ou mesmo nos anos que se seguirão, estamos cônscios de que Deus está conosco e Nele somos mais do que vencedores.
Que Deus abençoe você e sua família em 2016.

Pr. Martim Alves da Silva (Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (IEADERN) e da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus no Estado do Rio Grande do Norte (CEMADERN).

COMO FAZER ESCOLHAS CERTAS?

O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos… Mas a beleza da caminhada… Depende dos que vão conosco! Assim, neste ANO NOVO que se inicia. Possamos caminhar mais e mais juntos… Em busca de um RN, uma Mossoró melhor, cheia de PAZ, SAÚDE, COMPREENSÃO e MUITO AMOR.
Seja bem-vindo 2016 a todos meus leitores e amigos. Essa é a pergunta que muitas pessoas têm feito nestes dias. Para fazer escolhas certas precisamos:

I – SABER A VONTADE DE DEUS

Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entenda qual seja à vontade do Senhor (Ef 5.16 E 17)

Uma das maneiras de saber a vontade de Deus é através da sua palavra. Tem muita gente por ai seguindo a Bíblia pela metade. Guarda os versículos da caixinha de promessa e tal, porém deleta os da disciplina, da correção, os mandamentos.
Quem não conhece a vontade de Deus, não pode ser chamado filho de Deus. Filho de verdade, obedece às instruções do Pai, pois saber que é o melhor para si.
Só olhar para Deus não nos ajudará saber a vontade Dele. Precisamos saber o que passa no coração do Pai. Precisamos conhecê-lo, ter intimidade.
Deus não quer ser olhado, admirado, mas sim obedecido.
Deixe de andar na contramão da palavra e viva o que há de melhor. Siga o Pai.

II – COMO EU DESCUBRO O CORAÇÃO DE DEUS?

Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR (Jr 9.24)

Deus tem o melhor para nossas vidas (Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais (Jeremias 29.1).
Nós prestamos a Deus um culto racional, portanto, precisamos pensar, raciocinar e não tomar decisões precipitadas, impensadas e que muita das vezes fere o coração do Pai. Muitos cristãos estão passando a frente de Deus e lá na frente estão quebrando a cara e colocando a culpa em Deus. Vitória ou fracasso, não é fruto do acaso. É fruto do que você semeou.
Tem benefícios quem está na linha com a vontade de Deus.
Precisamos ler e viver a palavra de Deus, só assim podemos descobrir o que se passa no coração do Pai.

III – NINGUÉM GOSTA DE FICAR NA SALA DE ESPERA DE DEUS

Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal (Jó 1.1)

Jó não desejava mal para os outros. Ele tinha censo de justiça. Tem coisas que precisamos correr, fugir, abandonar (injustiça, mentira, fofoca, relacionamento impróprio, propostas indecentes, coisas ilícitas e etc), Jó era temente a Deus.
Algumas coisas/atitudes Deus deixa pra nós fazermos (exemplo: parar de fumar, pecar, mentir e etc.). Ele tem poder para fazer você abandonar isso, porém ele quer que você tome a decisão de abandonar tais coisas.
Gênesis 4.7 (Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar), nos ensina a desviar do mal, pois a MINHA vontade por mais que seja legal, bonitinha e tal, é perigosa.
A minha vontade é perigosa se ela não passa pela de Deus. E para vencer a carne, somente através da palavra.
Deus tem o melhor para você, portanto, siga a vontade de Deus para a sua vida. Este ano de 2016.

Pr. Francisco Cícero Miranda (Presidente da Assembleia de Deus em Mossoró e Região)

INCOMODADOS POR DEUS*

“Então, todos agarraram Sóstenes, o principal da sinagoga, e o espancavam diante do tribunal; Gálio, todavia, não se incomodava com estas coisas” (At 10:9-16)

Bill Hybels, pastor presidente da “Willow Creek Community Church”, escreveu em seu livro “Descontentamento Santo” como Moisés ficou incomodado quando este viu seus irmãos israelitas escravizados e oprimidos pelos egípcios. E foi este descontentamento gerado por Deus em seu coração que fez Moisés se dispor a Deus e ser usado por Ele para libertar Israel.
Você já percebeu que a construção de uma visão é precedida por uma situação que gera um sentimento de inconformismo? Ou seja, uma visão é a tradução de uma resposta clara e objetiva diante dos cenários que entendemos que precisam mudar. A visão é o quadro mental de uma organização ou pessoa a respeito do futuro desejado em ser alcançado. Isto se aplica a igreja local, ao seu perfil profissional, a sua vida familiar, na relação com Deus; em todas estas facetas de nossa vida, estamos seguindo uma visão. O que tem tocado seu coração de líder ultimamente? Que necessidade esta latente diante de você lhe trazendo uma indignação? O que você presencia em suas relações, projetos e ações que a verdade tem faltado, a justiça não tem sido aplicada, o amor não tem sido vivido? Quem ou o que, representa o hebreu sendo espancado pelo egípcio em sua frente? O que você tem feito a respeito disto?
Quando o Espírito Santo gera em nosso coração um inconformismo santo e uma indignação santa, é Deus querendo falar conosco; e Ele faz isso a fim de nos arrebatar da mediocridade e da mesmice comodista. Lutamos contra a mediocridade e a vencemos e vencemos quando ouvimos a voz de Deus em nosso coração. Somente quando somos incomodados por Deus e atendemos a esse incômodo divino é que o Senhor irá suprir as necessidades tanto da igreja quanto as da comunidade onde vivemos, quer as que já estão presentes ao nosso redor quer as que ainda aparecerão. Se os irmãos da sua congregação não querem evangelizar, não querem o ensino da Palavra, não querem orar, mas só querem saber de ir atrás de cantores e pregadores famosos, vivendo uma superficialidade cristã, formatada no entretenimento em detrimento da relação genuína de intimidade com Deus; se isto tem lhe incomodado, comece a perceber nisto a oportunidade para agir na contra mão desta tendência, peça ao Espírito Santo que gere em seu coração qual o propósito Dele para você e para sua congregação nesta situação. E, naquilo que Ele te tocar, seja na oração, na palavra, na ação social, no evangelismo, etc., Deus vai te elevar a um novo nível de fé e, por seu intermédio, elevará também a sua congregação ou a área em que você exerce uma liderança. Deus incomoda nossos corações para atender as necessidades presentes ao nosso redor.
Não penso que a identificação das necessidades existentes devem nos transformar em “lamentadores” ou “murmuradores” e sim em agentes de transformação. Creio que no ambiente propositivo é gerado a construção das ideias e projetos transformadores. É assim que Deus levanta Sansão, Davi, Débora, Estevão, Paulo e outros servos d´Ele, que em meio a situações criticas, difíceis, desafiadoras, foram usados por Deus para impactarem suas realidades.
Deus não nos chamou para ficarmos no banco de reserva, mas para atuarmos como titulares no campo de jogo. Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14:12-14). Para isso, só precisamos nos colocar em Suas mãos e deixar que Ele nos use conforme Sua vontade.
Os incômodos gerados pelo Espírito Santo de Deus sempre irão nos comprometer com uma Missão, um serviço, um ministério.
Ouça a voz de Deus. Lidere onde estiver!

* Trechos do livro: Ameaça da Mediocridade, Wendell Miranda

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação e Diretor do Departamento de Evangelismo da AD em Mossoró)

UM ESPOSO APROVADO

Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes (Tt 1.6).

Muitas são as características que moldam a vida de um esposo aprovado. A perfeição não é mencionada, porém, recomenda ser irrepreensível porque assim procedendo ele se aproxima da perfeição. Irrepreensível é você poder olhar no espelho da vida, e não diagnosticar nenhum sintoma de culpa, e saber que as pessoas ao seu redor, especialmente de sua família, não encontram falhas em você, não tendo porque repreendê-lo. Isto implica manter uma conduta digna, possuir atitudes benignas e corretas, além de ter um caráter bem forjado. Casar-se com um homem de bom caráter, que sempre dá motivos para ser admirado, é o desejo maior de toda mulher.
Ser esposo de uma só mulher faz a grande diferença. A fidelidade assegura o sentimento de posse, tão necessário ao ser humano, criando uma unidade entre o casal e restabelecendo a confiança do compromisso assumido pelo outro no momento dos votos conjugais. Sua esposa espera que seus olhares e pensamentos sejam só dela – ela precisa, como você, de ter alguém pra chamar de seu. Eu sou do meu amado e meu amado é meu… (Ct 6.3). Assim sendo, não deixe que seus olhos busquem outras mulheres. Não elogie outras mulheres mais do que a sua; não deseje outros corpos a não ser o dela, não divida seu erotismo com outras pessoas. Seja, unicamente, da sua esposa, sem medo de pertencer a ela.
Ser vigilante implica na construção de pontes que nos separam da infidelidade conjugal. A grande maioria das traições começa sorrateiramente quase imperceptíveis. Muitos não percebem que passam a olhar mais para alguém, do que para seu cônjuge. Muitos gastam tempo demais em salas de bate-papo na internet. Afinal, se você é casado, sua postura deve ser diferente de quando solteiro: Evite lugares a sós com pessoas de sexo opostos, esquive-se de ambientes e conversas carregadas de erotismo, não deixe se envolver por situações libidinosas. Vigilância constante é a única forma que você tem para não se apaixonar por pessoas erradas, ou se prender a relacionamentos pecaminosos. O esposo aprovado tem prazer em ser sóbrio. Sobriedade é a arte de manter-se sobre controle. Ser sóbrio, portanto, é conseguir dominar seus desejos, sentimentos e pensamentos, agindo com coerência e racionalidade. A sobriedade lhe oferece condições de dominar crises de ira quando alguma coisa sair errado, afastar sentimentos mesquinhos e egoístas, e conservar um diálogo franco e aberto com a sua esposa e com seus filhos.
A honestidade é uma característica aprendida desde a infância. O esposo aprovado precisa ser exemplo de honestidade. Nossos filhos devem se espelhar no exemplo de honestidade de nós os pais. Você pode aprender com sua esposa, com amigos, ou até mesmo a partir de uma leitura da Bíblia e da própria vida; compre se puder pagar, prometa se quiser cumprir, e fale se puder provar o que diz. O esposo aprovado deve ser hospitaleiro. Há esposos que não sabem hospedar ninguém em seu coração. Não permite que sua esposa lhe seja íntima, e impede que seus filhos construam uma ponte de afeto através do toque e do diálogo. Muitas vezes erguem muralhas de indiferença, fazendo com que sua família o tema mais do que o ame. Hospede a sua mulher e seus filhos no seu coração, contribuam com educação e bom humor pra fazer do seu lar uma hospedaria agradável.
O esposo aprovado deve ser apto para ensinar. Ensine sua esposa, com paciência e amor, sobre o modo como você quer ser tratado por ela, seja na cama ou fora dela. Assuma a responsabilidade conjunta com sua esposa na criação dos seus filhos, e mostre a sua família quem é você, quais são seus defeitos e qualidades, de modo que aprendam a amá-lo e admira-lo. E lembre-se que sempre ensinaremos pelo nosso exemplo. O esposo aprovado não é viciado em vinho nem em bebida alcóolica. Quantos lares são destruídos pela bebida! A pessoa que bebe perde o autocontrole, a hombridade, a honra e a capacidade de governar sua casa. Poderíamos citar outros vícios como o uso errado e indisciplinado da internet, do fumo, do jogo, do sexo, e das drogas. Até porque, toda e qualquer forma de vício provoca um desgaste natural no casamento, fazendo com que o cônjuge e os filhos se tornem dependente do viciado, pois todo o cotidiano da casa precisa ser alterado e adaptado a ele. Seja livre e liberte o seu lar.
O esposo aprovado não pode deixar de ser moderado. Um homem moderado é apaziguador, do tipo que busca consenso e paz entre os que o cercam. É um esposo que obedece ao que diz Colossenses 3.19: vós maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas. É alguém que pensa antes de falar, que consegue ouvir os pontos de vista dos filhos antes de dar sua palavra final, e que se exercita para cada dia entender melhor a sua esposa. Infelizmente, muitos são os que crescem e continuam a manter o espírito de briga: gostam das discussões em família, jogam os filhos uns contra os outros, ou provocam as esposas com indiretas que as irritam ou magoam. É mais fácil culpar o outro pelo seu fracasso, ou dizer que o outro mereceu ouvir suas verdades.
O esposo aprovado não pode ser ganancioso. A ganância tem sido instrumento de destruição de muitos homens, embora não seja uma atribuição exclusivamente masculina. Quando um esposo torna-se obsessivo quanto a um cargo ministerial o sucesso profissional, por exemplo, ele geralmente esquece-se de suas funções como marido e pai, dedicando-se exclusivamente a conquistar mais dinheiro, fama ou reconhecimento. Além disso, na busca por ser e ter mais corre o risco de não mais apreciar o que se tem como o amor da esposa ou o carinho dos filhos. Portanto, sonhe e projete o melhor para você e sua família em todas as áreas, mas esteja sempre grato e feliz com o que você já conquistou sem invejar o próximo ou cobiçar o que é do outro. Indiscutivelmente o esposo aprovado geralmente é um bom governante de sua casa. A Bíblia diz que a mulher sábia edifica sua casa provérbios 14.1, mas afirma que cabe ao homem o governo da casa. Governar é administrar, é está no controle, é ter ciência das necessidades do lar e das carências dos membros da família. Não é possível governar a casa de Deus, se você não consegue administrar a sua própria casa e disciplinar os seus filhos. É no lar que exercitamos liderança, cumplicidade, amizade, disciplina e autoridade.
O orgulho corrói e despedaça a simplicidade do ser humano. Ser orgulhoso não caracteriza um esposo aprovado. Um esposo orgulhoso tem reservas em dividir suas tarefas com sua esposa, e se o faz não consegue dar créditos a ela pelas tarefas executadas. É um homem que não sabe liderar, que não permite que sua esposa lhe seja submissa, que ela esteja sob mesma missão dele, até porque não confia em ninguém para fazer o que, na sua interpretação de mundo, só ele faz bem. Anulam as potencialidades de sua mulher, diminuindo a sua autoestima, pois acreditam que só eles são perfeitos e sabem o que é certo. Sobrecarregam-se de projetos e ocupações, perdendo-se para estabelecer as reais prioridades de vida, e muitas vezes perdem o que mais amam que é a família. O bom testemunho gera heranças que não tem avaliação de valores. O homem deve marca a vida da sua família com gestos e boas atitudes. Lembre-se de que a sua imagem de homem, de marido e de pai é formada aos poucos, pois o título não garante a concretização da função. Há pais que não são paternos, há esposos que não sabem ser marido, há machos que não nunca aprenderam a serem homens. Atue como pai para ser pai. Tenha atitudes maritais para ser reconhecido como marido. Ter uma consciência pura leva o esposo aprovado a deleitar-se na tranquilidade e na harmonia da vida. Podemos enganar outras pessoas, negar nossos sentimentos, e até mesmo parecer o que não somos. O que não podemos é mentir para nossa consciência. Finalmente, o Apóstolo Paulo nos aconselha em Filipenses 4.8: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Lembre-se que ser esposo é mais do que ser amigo, e ser amigo é mais do que ser esposo.

Pr. Elumar Pereira  (Diretor do Departamento da Família da IEADEM )

GALARDÃO

A salvação é provida por Deus é gratuita, não vem por meio de méritos humanos, para que ninguém se glorie (Ef. 2.8,9). Mas isso não quer dizer que aqueles que serão salvos não receberão de Deus o reconhecimento pelo trabalho realizado. A recompensa do Senhor, para aqueles que labutam no Seu reino, é comumente traduzida para o português como “galardão”. No hebraico do Antigo Testamento existem várias palavras para se referir à recompensa de Yahweh para o Seu povo. Uma delas é sakhar, com o significado de pagamento, geralmente por um serviço bem feito (II Cr. 15.7). Os próprios filhos, em Sl. 127.3, são considerados sakhar do Senhor.
Uma dos verbos hebraicos mais recorrentes no texto bíblico, com o sentido de recompensar, ou mesmo trazer paz, é shalam. Esse verbo tem uma conotação positiva, associado à benção de Deus, que resulta em prosperidade (Rt. 2.12). Ainda na dimensão humana, shalam tem a ver com a possibilidade humana de recompensar o mal com o bem (Sl. 32.12). Mas também apresenta uma conotação negativa, quando diz respeito ao juízo de Deus sobre aqueles que desobedecem Sua Palavra, e se entregam à prática do pecado (Dt. 7.10). O pecador impenitente, que não se arrepende das suas transgressões, receberá o julgamento do Senhor.
Outro verbo hebraico, que tem a ver com recompensa, é gamal, também com conotações positivas e negativas. Através dessa palavra confirmamos o ensinamento escriturístico da reta recompensa divina, tanto para aqueles que praticam o bem (II Sm. 22.21), quanto para aqueles que fazem o mal (Jl. 3.4). O substantivo derivado desse verbo é gemul, e diz respeito à recompensa de Deus para os justos (Pv. 19.17) e para os ímpios (Sl. 28.4). O autor do Sl. 1 expressa de maneira poética a distinção que Deus faz entre o caminho dos justos e dos ímpios. Aqueles que seguem as veredas do Senhor colherão os frutos da sua bondade, mas aqueles que trilham o caminho da desobediência serão destruídos.
O ensinamento da recompensa divina é recorrente também no Novo Testamento. Em Mt. 16.27 Jesus alerta que o Filho do Homem virá para recompensar as pessoas, de acordo com suas obras. O substantivo grego misthos denota compensação, seja ela adquirida, ou por meio de méritos. Em alguns casos essa palavra tem a ver com o pagamento recebido por um trabalho bem feito (I Tm. 5.18; Tg. 5.4). Nos textos paulinos esse termo passa a ter um significado mais teológico, principalmente no que tange à doutrina da salvação. Para Paulo, a justiça divina não é obtida por meio das obras (Rm. 4.4,5). Ninguém pode se justificar diante de Deus por meio dos méritos próprios.
O Senhor Jesus também promete galardão aqueles que enfrentam perseguições por causa do Seu nome (Mt. 5.12). Essa recompensa se aplica àqueles que permanecem fieis no serviço a Cristo, a eles está destinado uma misthos eterno (Mt. 20.8; Jo. 4.36; II Jo. 8). O galardão do Senhor deve servir de motivação para que os crentes façam a obra do Senhor com dedicação. Mas é preciso ter cuidado para não transformar os prêmios terrenos em um fim em si mesmo. Há ainda o risco de trabalhar na terra apenas para impressionar outras pessoas, até mesmo as autoridades eclesiásticas. Quando isso acontece, tende-se a ofuscar o brilho do galardão celestial (Mt. 6.1-16; II Pe. 2.15).
Por isso, devemos nos precaver a esse respeito, cientes de que a intenção do nosso trabalho será avaliada, por ocasião do julgamento das obras, quando a igreja se encontrar com o Senhor nos ares (I Ts. 4.13-17). Somente as obras que estiverem fundamentadas em Cristo receberão o reconhecimento de Deus (I Co. 3.14,15). Existem muitos que estão fundamentando suas obras na autojustiça, tantos outros a fim de serem glorificados pelos homens, mas somente aqueles que trabalham para Deus receberão a eterna recompensa. Trabalhemos na seara do Senhor, e depois de fazermos tudo, assumamos que não fizemos mais do que deveríamos, e que não passamos de servos inúteis (Lc. 17.10).
O Senhor, em tempo oportuno, avaliará a motivação do nosso trabalho. E Ele, com reta justiça, reconhecerá que o trabalho feito com esmero não foi vão (I Co. 15.58). A esse respeito nos admoesta o autor da Epístola aos Hebreus: “porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra, e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto serviste aos santos, e ainda os servis” (Hb. 6.10).

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

AMABILIDADE E BONDADE

Amabilidade e bondade são as palavras usadas na versão NVI para traduzir os vocábulos gregos “chrestotes” e “agathosune”, respectivamente, os quais aparecem no texto original grego de Gl 5.22 como dois aspectos do fruto do Espírito. Outras versões preferem traduzir “chrestotes” por benignidade (ARC, ARA, AS21) ou por delicadeza (NTLH). Apesar de “chrestotes” e “agathosune” apresentarem significados semelhantes, Paulo as apresenta em Gl 5.22 com significados distintos.
Como uma faceta do fruto do Espírito, “chrestotes” indica amabilidade, afetuosidade, gentileza, delicadeza, suavidade, cortesia, brandura, carinho, meiguice, ternura e doçura no trato com as pessoas. Por meio da “chrestotes” o crente tem uma pré-disposição para ser agradável e para demonstrar sensibilidade, finura e educação no relacionamento com as pessoas. A pessoa que ama o próximo como a si mesmo (Mc 12.31) necessariamente deve evidenciar essa qualidade na sua vida.
No Novo Testamento Grego a palavra “chrestotes” ocorre dez vezes (Rm 2.4; 3.12; 11.22; 2 Co 6.6; Gl 5.22; Ef 2.7; Cl 3.12 e Tt 3.4), sendo que só em Rm 11.22 ela ocorre três vezes. Em primeiro lugar, devemos entender que Deus é rico em “chrestotes” (Rm 2.4) e nos trata com “chrestotes”, ou seja, com amabilidade ou benignidade (Rm 11.22; Ef 2.7; Tt 3.4).
Longe de Deus, o ser humano pecador não pratica bem nenhum. Apóstolo Paulo afirmou: “…não há ninguém que faça o bem (gr. “chrestotes”), não há nem um sequer” (Rm 3.12). Porém, quando a pessoa aceita a Jesus como salvador, ela começa a evidenciar amabilidade (gr. “chrestotes”) no seu relacionamento com os outros, evidenciando uma das virtudes do fruto do Espírito (Gl 5.22). A Bíblia ordena a todos nós: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade (gr. “chrestotes”), humildade, mansidão, longanimidade” (Cl 3.12).
A amabilidade é uma virtude que se manifesta no relacionamento do cristão com outras pessoas. Enquanto a pessoa carnal se relaciona com os outros praticando obras da carne, tais como ciúme, invejas, ambições egoístas, contendas de palavras, inimizades, iras e dissensões (Gl 5.20-21), o crente deve evidenciar em seus relacionamentos a amabilidade e a pré-disposição para ser benigno e fazer o bem ao próximo.
Apóstolo Paulo evidenciava gentileza em seus relacionamentos, a ponto dele se apresentar aos Coríntios como exemplo de amabilidade: “Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade (gr. “chrestotes”), no Espírito Santo, no amor não fingido” (2 Co 6.4,6).
O substantivo grego “agathosune” ocorre apenas quatro vezes na Bíblia (Rm 15.14; Gl 5.22; Ef 5.9; 2 Ts 1.11). Como uma das virtudes do fruto do Espírito (Gl 5.22), “agathosune” significa bondade, beneficência, benevolência e generosidade no servir aos outros. A pessoa bondosa sempre manifesta boa vontade para com os outros e possui o hábito de fazer o bem. Bondade denota filantropia, serviço ou ministério em favor do próximo. Também significa um espírito de generosidade colocado em prática, concernente ao serviço altruísta e abnegado. Bondade é o resultado natural da gentileza, é a amabilidade em ação, é a manifestação da ternura, compaixão e brandura no sentido de fazer alguma boa ação em favor do próximo.
A Bíblia dá testemunho de pessoas bondosas. Jó praticava muitos atos de bondade em favor dos necessitados (Jó 29.15-17; 31.32). Davi praticou bondade altruísta e abnegada em favor de Mefibosete (2 Sm 9.1-7). O bom samaritano demonstrou amor ao próximo e praticou muita bondade para com um desconhecido (Lc 10.25-37). Os evangelhos revelam que a característica mais evidente de Jesus era a bondade como manifestação de amor ao próximo (Mt 4.23-24; 14.13-21; 15.32; Lc 4.18). Pedro disse que Jesus “…andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo…” (At 10.38).
Uma vez que o crente salvo é participante da natureza divina (2 Pe 1.4), ele naturalmente vai produzir a bondade (gr. “agathosune”) como uma virtude do fruto do Espírito (Gl 5.22). Paulo tinha certeza que os irmãos de Roma estavam cheios de bondade (Rm 15.14). Aos Efésios ele afirmou: “porque o fruto do Espírito está em toda bondade (gr. “agathosune”), e justiça, e verdade” (Ef 5.9).
O mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19) e os pecados sociais ou de relacionamentos (Gl 5.20-21) se avolumam, em flagrante transgressão ao mandamento de amar o próximo como a si mesmo (Mc 12.31). Ao cristão verdadeiro, cumpre o dever de praticar a amabilidade e a bondade como evidências desse amor (Jo 13.34-35).

Ev. Fábio Henrique (1º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD e do CETADEM).


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