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TRAIDORES

TRAIDORES

No texto bíblico de 2 Tm 3.1-5, a décima quinta característica das pessoas dos tempos difíceis nos quais estamos vivendo é a traição (2 Tm 3.4). Apóstolo Paulo qualifica essas pessoas de “traidores” (gr. prodotes). Além de ocorrer em 2 Tm 3.4, o vocábulo grego “prodotes” só ocorre em mais dois versículos na Bíblia: Lc 6.16 e At 7.52. No primeiro versículo Lucas se refere a Judas Iscariotes como traidor e, no segundo, Estêvão acusa os Judeus de traidores e assassinos de Jesus.

No grego do Novo Testamento, um sinônimo de “prodotes” é “asunthetos”, o qual ocorre somente em Rm 1.31 e é traduzido por “infiéis nos contratos” (ARC), “pérfidos” (ARA), “desleais” (NVI), “não cumprem a palavra” (NTLH) ou “indignos de confiança” (AS21). Essa palavra grega “asunthetos” se refere a pessoa que foi desleal e não se manteve fiel a um contrato ou acordo estabelecido anteriormente.

A Bíblia também usa o vocábulo grego “paradidomi” para se referir à pessoa traidora ou delatora (Jo 6.64,71; 12.4; 13.21; 18.2,5) ou ao ato de trair ou entregar alguém para ser castigado (Jo 18.35; At 3.13; 12.4; 22.4). O evangelista Mateus relata que Judas Iscariotes “…foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. E, desde então, buscava oportunidade para o entregar” (Mt 26.14-16). Percebe-se que o crime de traição de Judas Iscariotes foi premeditado e com dolo, com o objetivo de ganhar vantagem financeira. Ele foi tesoureiro do ministério de Jesus (Jo 13.29), mas infelizmente ele roubava dinheiro da bolsa onde se colocava as ofertas (Jo 12.6). Judas Iscariotes estava tão envolvido com a avareza e a ganância, a ponto de Satanás entrar nele e torná-lo traidor de Jesus (Lc 22.3-6).

Visto que Deus é fiel e leal em todas as circunstâncias, o verdadeiro cidadão do céu não pode ser pérfido ou desleal, mas deve ser uma pessoa que mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado (Sl 15.4b – NVI). Se ele for obreiro do Senhor, a Bíblia recomenda (1 Tm 3.8) que o mesmo deve ser “homem de palavra” (NVI) ou “de uma só palavra” (ARA). Quando falarmos, Jesus ordenou que “…seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do Maligno” (Mt 5.33,37 – NVI). Uma das coisas que mais observamos nos dias atuais são pessoas que não honram a palavra dada e não cumprem os contratos firmados, de modo que ninguém confia mais em ninguém.

O nosso Deus é o Deus que vela sobre a sua palavra para a fazer cumprir (Jr 1.12). Ele “…não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?” (Nm 23.19). É da própria natureza de Deus guardar os concertos que Ele faz (Nm 1.5; 9.32), pois “…o Senhor, o seu Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e guardam os seus mandamentos” (Dt 7.9 – NVI). A respeito de Cristo, Paulo disse que “se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2.13). Infelizmente, muitas vezes somos infiéis a Deus no nosso relacionamento com Ele.

No Antigo Testamento, a Bíblia revela que em muitas ocasiões Israel foi infiel ao Senhor. O profeta Jeremias chamou o povo de Judá de “…um bando de traidores” (Jr 9.2 – ARA). O povo de Israel era um povo que, por natureza, agia perfidamente e transgredia o concerto com o Senhor (Is 18.8). A mesma coisa acontecia com seus líderes: “Seus profetas são irresponsáveis, são homens traiçoeiros. Seus sacerdotes profanam o santuário e fazem violência à lei” (Sf 3.4 – NVI).

A traição e a deslealdade dos homens também se manifestam nos relacionamentos das pessoas umas com as outras. Jesus profetizou que nos últimos dias “…muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão” (Mateus 24:10). Semelhantemente, apóstolo Paulo disse que “…os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13).

O salmista confessou que sentiu desgosto em relação aos infiéis traidores, porque eles não guardavam a Palavra de Deus (S1 119.158). Ao ver tantos casos de traição entre os homens, há uma tendência do justo achar que os traidores e pérfidos sempre se dão bem na vida (Jr 12.1), como também de achar que a justiça de Deus está tardando em puni-los (Hc 1.13). Na verdade, os traidores e desleais acabam bebendo do seu próprio veneno. Os infiéis serão destruídos pelas suas próprias falsidades (Pv 11.3) e apanhados na suas maldades traiçoeiras (Pv 11.6). Os pérfidos e traidores serão julgados e condenados por Deus, pois “…os ímpios serão eliminados da terra, e dela os infiéis serão arrancados” (Pv 2.22 – NVI).

Ev. Fábio Henrique (Bacharel em Teologia, 1º Secretário da IEADEM e professor da EBD e do CETADEM)

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