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AD MOSSORÓ - ASSEMBLEIA DE DEUS NO RIO GRANDE DO NORTE – MOSSORÓ

A INSTITUIÇÃO DO CASAMENTO ESTÁ EM PERIGO

“Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel a seu cônjuge” Ml 2.16

Os lares de Israel estavam desolados, eles perguntavam por que Deus não recebia mais os seus sacrifícios. Deus então levanta o profeta Malaquias que anunciou a sua mensagem, dizendo: “É porque Deus sabe que você tem sido infiel para com seu cônjuge, com quem se casou na sua mocidade, você quebrou a promessa que fez na presença de Deus” (Ml 2.14).
O Povo não estava obedecendo às leis de Deus, nem honrando a família e ao cônjuge, era, portanto necessário que eles abandonassem os seus pecados e as suas maldades. Aqueles que se arrependessem e voltassem para Deus seria novamente o seu povo.
Nos dias de hoje podemos contemplar o mesmo quadro. Quantos lares desanimados, acometidos por um grande número de abandono, separações, divórcio, filhos dispersos. Deus tem levantado por profeta a sua Igreja para os dias atuais, levando a sua mensagem, porém poucos têm se voltado para o que está sendo dito.
Lembro-me do escritor Myles Munroe que escreveu um comentário em seu livro: “O proposito e o poder do amor e do Casamento”, que diz: “Vivemos em uma sociedade descartável que perdeu em grande parte qualquer sentido real de permanência. É um mundo de expiração de datas de validade, vida limitada na prateleira e onde as coisas rapidamente se tornam ultrapassadas. Um dos principais sintomas de uma sociedade doente é quando apresentamos em nossos relacionamentos humanos a mesma atitude de descompromisso e impessoalidade que mostramos com relação aos itens inanimados e descartáveis que utilizamos na vida cotidiana.
Ele continua dizendo: “Contudo o casamento ainda é o mais profundo e íntimo de todos os relacionamentos humanos, ainda que esteja sob ataque”.
Diante de tantos desafios o que fazer? Sabemos que Deus estabeleceu e ordenou o casamento logo no início da história da humanidade. Gênesis 2.18 e 21 diz: “Então, Deus uniu homem e mulher e confirmou seu relacionamento como marido e mulher, determinando, desta forma, a instituição do casamento. Um homem e uma mulher que se tornam “uma só carne” segundo o plano de Deus não podem se separar sem que sofram um grande dano ou até mesmo destruição.
Quando Deus ordenou que o homem e a mulher devesse se tornar uma só carne, tinha em mente um relacionamento permanente e perpétuo.
O escritor Myles continua: Jesus, o grande mestre, tornou isto bastante claro durante sua discussão sobre o divórcio com alguns fariseus. Os fariseus perguntaram a Jesus se era permitido ao homem se divorciar de sua mulher, ressaltando que Moisés havia tornado o divórcio lícito.
Respondeu Jesus: “Moisés escreveu essa lei por causa da dureza de coração de vocês”. Mas, no princípio da criação Deus os fez homem e mulher. Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois se tornarão uma só carne. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu ninguém o separe (Mc 10.5-9).
Jesus expôs seus projetos para a família. Ele nos faz lembrar o que diz: Mateus 7.24 sobre a casa edificada sobre a rocha. Vem a tempestade, mas ela permanece firme. Nós cristãos, que valorizamos a família, temos que conhecer os princípios fundamentais de estabilidade familiar.
Desde o velho testamento, o Senhor havia estabelecido bases familiares para o povo de Israel. Moisés, que foi o legislador do antigo pacto, mostrou aquilo que poderia solidificar a família e torna-la bem sucedida.
Deuteronômio 6.1-5 afirma: “…amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu poder…”, isto é regra de vida de uma família sensível à voz de Deus. Família que ama a Deus, dentro do lar, com todo coração, força e alma, tem uma vida de obediência.
Provérbio 2.4 “Porque o Senhor dá a sabedoria…”. A família sensível à voz de Deus. Pv 1.33 “Mas o que me der ouvidos habitará seguramente…”.
Três áreas fundamentais: Temor a Deus, ouvido sensível à voz de Deus, e uma vida de obediência. É preciso que a família vivencie a fé, vivencie a palavra de Deus, oração e jejum, vivencie os mandamentos de Cristo do amor e perdão. Este amor a Deus de todo coração, precisa ser vivenciado e transmitido aos filhos e netos, com convicção. Quando eles te perguntarem a razão de tua fé, você precisa ter este testemunho. Deuteronômio 6.20-21. Sabemos que não é fácil ser família cristã nos dias atuais. Mas é possível desde que sigamos os ensinamentos de Jesus, para que nossos filhos e netos possam conhecer a unidade que nos legou nossos pais. De acordo com o Salmo 127, se Deus não for o Senhor da casa, se os seus planos de família não forem os do Senhor, em vão trabalham os que a edificam.
Deus abençoe sua Família.

Pr. Elumar Pereira (Diretor do Departamento da Família – DEFADEM)

TRABALHO EM EQUIPE

Em todos os contextos de trabalho existe uma grande valorização das pessoas que aprenderam a trabalhar em equipe. Seja no mundo corporativo ou eclesiástico, quem desenvolveu esta capacidade, sempre terá espaço para atuar e renderá grandes resultados.
Apesar de ser algo politicamente correto e conceitualmente de fácil aceitação, a vivência prática deste princípio se constitui um desafio.
Primeiro porque uma das quebras de mentalidade que um líder que trabalha em equipe precisa realizar é a ideia do individualismo. Se você só pensa em você e não aceita sugestões, não se abre para as contribuições de seus pares e colaboradores, então, será muito doloroso e difícil sua atuação em equipe ou ainda poderá acontecer que você desfrutará apenas de dividendos parciais da força do grupo que está liderando.
Cada membro de sua equipe tem características pessoais que se somam às suas e, isto, gera o que é chamado de “sinergia”, que é a convergência de forças na mesma direção; assim é que se trabalha em equipe.
Neste contexto, o individualismo, egocêntrismo, orgulho, “olhar somente para seu umbigo” formam o oposto de uma equipe. Realmente não é fácil, principalmente com pessoas de temperamentos fortes e uma acentuada liderança autocrática, porém digo a vocês que vale a pena tentar, se esforçar, educar a si mesmo neste sentido e, então, fomentar o bom conceito de uma equipe. Outra coisa que deve ser feita é ampliar sua visão e de seus liderados para perceberem a riqueza de contribuições e benefícios vindos do trabalho em equipe.
Jesus nos ensinou isto (Lucas 6:12-16). Ele poderia fazer tudo sozinho, de fato poderia, mas não fez assim. Ele escolheu doze discípulos e os moldou, capacitou e enviou.
Foram três anos de preparação. Eles deram trabalho, mas aprenderam a trabalhar. Cada um com suas habilidades, talentos e “jeito” de ser; mas foram usados por Jesus para cumprir o ministério apostólico.
Comece a olhar para as pessoas que estão ao seu lado. Envolva-as, ajude-as, ensine-as, permita que elas façam parte da boa obra que lhe foi confiada. Certamente nem tudo será igual a você, mas cada um poderá colaborar segundo os dons e ministérios recebidos por parte de Jesus Cristo.
As vezes precisamos abrir o coração e perceber que as metodologias podem ser diversificadas, desde que se mantenha o mesmo espírito e propósito.
Invista em sua equipe constantemente e obtenha os resultados de excelência no que faz. Invista pouco em sua equipe e visualize a mediocridade rondando sua liderança.
Você consegue trabalhar em equipe? Aceita conviver e compartilhar com diferentes pessoas? Aprendeu a respeitar a opinião do outro? Nutre um sentimento de confiança no seu grupo de atuação? Vença as síndromes de “cavaleiro solitário”, “exercito de um homem só” ou “singularidade exclusivista”; dedica tempo, amor e atenção a desenvolver equipes fortes e duradouras.
Sozinho, você não suporta muito tempo. Em equipe você gera um legado.
Abração meus queridos, até nosso próximo encontro onde falaremos sobre Mentoreação: Liderança baseada no exemplo. Lidere onde estiver.

Pr. Wendell Miranda (2º Vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação e Diretor do Departamento de Evangelismo da AD Mossoró)

Mediador

A santidade de Deus é uma doutrina exposta ao longo das Escrituras. Ao mesmo tempo, a pecaminosidade humana é também atestada em várias passagens bíblicas. Por causa dessa condição o ser humano não pode ter acesso direto a Deus, carecendo de um mediador que possibilite a reconciliação. A palavra grega para mediador é mesités, substantivo derivado do adjetivo mesos, cujo significado é “meio”. Sendo assim, um mesités é alguém que se coloca no meio de uma desavença entre duas partes, a fim de favorecer um entendimento.
Moisés certamente foi o principal mediador da Antiga Aliança, que se colocou entre Yahweh e o povo, trazendo a mensagem de Deus aos israelitas (Gl. 3.19-20). Quando o povo pecava contra Deus, Moisés também intercedia para que Deus o perdoasse. Não existe da língua hebraica o verbo “mediar” ou o substantivo “mediador”. Ainda que Jó, em meio a sua aflição, tenha desejado que existisse um árbitro, yakach em hebraico, para defendê-lo perante o Senhor. A situação de Jó era angustiante porque ninguém poderia defendê-lo diante das acusações do Eterno.
Somente Deus é capaz de defender, ou melhor, mediar o relacionamento do ser humano com Ele. Por isso Ele mesmo proveu um mesités para que a humanidade pudesse se aproximar dEle. Esse é Jesus Cristo, a resposta de Deus ao pecado do homem, a salvação proveniente pelo próprio Deus. Em Cristo Deus se interpôs com Deus, com o intuito de resgatar os pecadores da perdição. Por isso Paulo assume que Jesus é o mesites entre Deus e nós, somente por meio dEle podemos obter reconciliação com o Senhor (I Tm. 2.5).
Ele mesmo declarou, em Jo. 14.6, que ninguém poderia se achegar ao Pai se não fosse por Ele. O autor da Epístola aos Hebreus, em consonância com essa declaração, afirma que Jesus é o mesités de uma nova aliança (Hb. 9.16; 12.24). E a mediação de Jesus que assegura nossa salvação, o sangue que Ele derramou na cruz é suficiente para nos tornar aceitos por Deus. Por causa dEle agora podemos nos aproximar com confiança diante do trono da graça, a fim de encontrar misericórdia e achar graça (Hb. 4.16).
Como Mesites, Jesus tanto comunica a vontade quanto o caráter de Deus. Ele completa a intenção amorosa divina de salvar as pessoas das consequências e da condição do pecado. Em II Co. 3.17-18 Paulo contrasta a mediação de Moisés e Jesus, argumentando que quando Moisés entregou a torah ao povo hebreu, precisou usar um véu, a fim de evitar que o povo visse a glória de Deus (Ex. 34.29-35). Mas a mediação de Jesus é diferente, está fundamentada na fé em Seu sacrifício na cruz.
Por isso Paulo deixa claro para Timóteo que somente Jesus media perfeitamente a relação entre o divino e o humano (I Tm. 2.5). Ninguém é capaz de fazê-lo por méritos humanos, por meio das suas obras (EF. 2.8,9), nem os anjos nem os santos podem fazê-lo (Cl. 2.18). Mesmo a mediação de Moisés foi temporária, apontava para a eterna mesités que alcançaria sua plenitude em Cristo (Hb. 3.3). Por esse motivo todas as pessoas são convidadas a se aproximarem de Deus, pela fé nesse Supremo Mediador, Jesus Cristo.
Por causa dEle a separação entre o Deus Santo e o homem pecador foi desfeita, resultando na reconciliação, oportunizando intimidade tal que podemos chamá-lo de Aba, Pai (Mt 6.9; Gl. 4.6).

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

DISCÓRDIAS E FACÇÕES

Discórdia ou dissensão (gr. “dichostasia”) e facção ou heresia (gr. “hairesis”) são duas das nove obras da carne que se manifestam nas relações interpessoais (Gl 5.20-21 – ARC). Em Gálatas 5.20, o Novo Testamento Grego traz as palavras dissensão e heresia no plural, dando ideia da diversidade de operações e de manifestações desses pecados da carne.
O vocábulo “dichostasia” só aparece duas vezes no Novo Testamento Grego (Rm 16.17 e Gl 5.20) e significa, literalmente, a divisão de um grupo anteriormente unido, em dois grupos rivais que se opõem um ao outro por meio de discórdias e dissensões. A “dichostasia” é um sentimento carnal que faz com que as pessoas fiquem à parte, com raiva dos outros, sem gostar da outra parte, e vendo os outros como inimigos. Transforma um grupo anteriormente unido, em dois grupos bipolares: “eu e você” ou “nós e eles” ou “contra e a favor” ou “esquerda e direita” ou “os do bem e os do mal” ou “amigos e inimigos”.
Escrevendo aos Romanos, Paulo recomendou que aquela igreja tivesse cuidado e se afastasse de pessoas que causam divisões, dissensões e rachas nas igrejas (Rm 16.17). Na igreja de Corinto havia quatro divisões ou grupos, a saber: os de Paulo, os de Apolo, os de Pedro e os de Cristo (1 Co 1.11-13). A existência dessas divisões era um sinal claro da carnalidade daquela igreja, conforme denunciou apóstolo Paulo em 1 Co 3.1-9.
No mundo em que vivemos, diariamente a gente se depara com divisões e segregações de pessoas, classes sociais, partidos políticos e raças, sem falar de algumas divisões trágicas que podem ocorrer no meio dos crentes, como as divisões eclesiástica e teológica.
Sabiamente, Jesus declarou: “…Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá” (Mt 12.25b – AS21). Por este motivo, Jesus orou por seus discípulos e pediu ao pai “para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti…” (Jo 17.21a). Aos Coríntios, Paulo ensinou que a Igreja é um só corpo composto de diferentes membros, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres (1 Co 12.12-14), mas o certo é que há muitos membros, mas um só corpo (1 Co 12.20). Dessa forma, a Bíblia reconhece as diferenças entre os membros da Igreja, mas estes devem viver em união, cooperando e cuidando uns dos outros (1 Co 12.25). Isso é possível porque em um só Espírito todos nós fomos batizados em um só corpo, que é a Igreja (1 Co 12.13).
Visto que há um só corpo, um só Espírito, um só Senhor, uma só fé, um só batismo e um só Deus e Pai de todos (Ef 4.4-6), devemos andar “…como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (Ef 4.1-3). Leia Cl 3.12-15.
Como antídoto contra a “dichostasia”, temos que tratar os outros com mais amor e tolerância e aprender a conviver com as diferenças, mas sem negociar princípios imutáveis da Palavra de Deus. Temos que manter a unidade na diversidade. Leia Rm 12.16; 1 Co 1.10; 2 Co 13.11; Fp 2.2; 1 Pe 3.8.
O vocábulo grego “hairesis”, que aparece em Gl 5.20, geralmente é traduzido para o português por “heresia”, “facção” ou “partidarismo”. No grego, a palavra “hairesis” não é necessariamente uma palavra má, porque significa um ato de escolher, ou uma escolha. No Novo Testamento, “hairesis” denota um grupo de pessoas que pertencem a uma escola específica de pensamento e ação e que sustentam um tipo de crença. Trata-se de um grupo de pessoas que escolheu o mesmo modo de crer e de viver.
O termo “hairesis” ocorre apenas nove vezes no original grego, sendo utilizado positivamente para se referi à Igreja (At 24.5,14; 28.22) ou às seitas (facções) dos Saduceus (At 5.17) e dos Fariseus (At 15.5; 26.5). No sentido negativo, “hairesis” pode se referir a um pecado da carne (Gl 5.20), a um ensinamento falso que pode surgir dentro da Igreja (2 Pe 2.1) e à grupos, partidos ou facções que surgem dentro da Igreja (1 Co 11.19).
A discórdia ou divisão ou dissensão é um pecado da carne que se refere ao espírito faccioso que, quando entra em ação, promove a divisão ou racha de um grupo em duas facções ou dois partidos rivais, o que enfraquece o grupo e prejudica a união. Porém, o crente nunca deve cometer esses pecados da carne, pois a Bíblia afirma: “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Sl 133.1).

Ev. Fábio Henrique (1º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD e do CETADEM)

O AMOR DE DEUS E O ETÍOPE EUNUCO

Meus amados irmãos, compartilhamos neste espaço uma reflexão bastante interessante de autoria do pastor Altair Germano que fala da necessidade de sermos sensíveis e obedientes ao chamado do Senhor para levar o conhecimento da verdade a outras pessoas.
Creio que essa leitura servirá de inspiração e edificação a todos nós.

Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi. Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém, estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o. Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada. Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro? Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus. Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? [Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.] Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo. (Atos 8.26-39)

O texto bíblico nos informa que Filipe realizava uma excelente obra em Samaria. O amor de Deus faz com que ele tire um servo seu de um trabalho junto a uma grande multidão, e o direcione para uma região deserta a fim de evangelizar uma única pessoa.
No caminho que desce de Jerusalém para Gaza, sob a orientação do Espírito Santo, Filipe aproximou-se do eunuco, e ouvindo-o ler o livro do profeta Isaías, perguntou se ele estava compreendendo o texto. A resposta do eunuco foi negativa. Filipe se prontificou dessa forma a ajudá-lo na interpretação e entendimento das Escrituras, e isso aconteceu de uma forma tão clara, que o eunuco creu em Jesus para a sua salvação, confessando-o como Filho de Deus, para logo em seguida ser batizado nas águas, e depois seguir o seu caminho alegremente, convicto de sua salvação.
Todos os dias, semana, meses e anos, milhares de pessoas frequentam reuniões religiosas de adoração, sem, contudo, conhecer de fato o verdadeiro Deus e seu Filho Jesus Cristo. Era essa a condição do eunuco, superintendente do tesouro de Candace, rainha dos etíopes.
Desejoso de conhecer a Deus, e de entender o seu grande plano de salvação, o eunuco lia a Escritura, mas não conseguias entendê-la claramente. Temos, dessa maneira, duas situações bastante peculiares em nossos dias: Pessoas que frequentam reuniões religiosas, mas não conhecem de fato o Deus que adoram, e pessoas que leem a Bíblia, mas que não a entende.
Deus considera o desejo daquele que em sinceridade o busca. Conhecedor do coração do eunuco etíope, Ele providenciou graciosamente um meio para que aquele homem pudesse conhecer o seu grande plano de salvação em Jesus.
Por seu grande amor por nós, em graça e soberania, o Senhor ainda continua provendo oportunidades e meios para que as pessoas possam conhecer a Jesus Cristo, o seu Filho, e conhecendo-o aceitem o seu plano de salvação, e assim prossigam em júbilo a jornada da vida.

FONTE: www.altairgermano.net

Pr. Francisco Vicente (1° vice-presidente da AD Mossoró e diretor do Departamento de Missões)

COMO TER UMA VIDA CRISTÃ PRODUTIVA?

Todo crente verdadeiro luta em sua rotina de vida para conseguir ter uma vida cristã que agrade a Deus. Isso porque a luta entre carne e Espírito é real, assim como nos afirma Paulo em Gálatas 5.17: “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si”. Isso significa que diariamente estaremos em guerra para tornar a nossa vida cristã uma realidade e não somente uma teoria que temos em mente.
Pensando nisso, gostaria de compartilhar algumas dicas para que estejamos firmes e fortes nessa guerra e, assim, possamos ter uma vida cristã produtiva, de forma que possamos crescer ainda mais, como Deus deseja.

AS COISAS NÃO CAIRÃO DO CÉU
Apesar da bênção sempre presente e constante do Senhor sobre a vida de Seus servos, as coisas não cairão do céu para nós. Isso porque Deus não fará a parte que nos cabe. Assim, é importante ter em mente que para termos uma vida cristã produtiva, teremos que suar a camisa, ir à luta, avançar com afinco, vencer as contrariedades, aplicar esforço e tempo nisso.
Não há caminho fácil, não há moleza. O que há é muito trabalho e dedicação envolvidos. Por isso, se você espera facilidades, pode parar por aqui, pois você ainda não tem o “espírito” necessário para viver de verdade a vida cristã!

TENHA UM PLANO
Todo exército quando sai à guerra tem um plano. Você tem um plano a respeito de sua vida cristã para este ano? Já parou para pensar quanto tempo poderá dispor às práticas espirituais? Já tem em mente o que precisará mudar em sua vida para viver plenamente o chamado de Cristo?
Monte seu plano de atividades e estabeleça suas principais atitudes para ter uma vida cristã conforme diz a Bíblia.

ESTABELEÇA CORRETAMENTE SUAS PRIORIDADES
Há cristãos que confundem muito essa questão de prioridades. A Bíblia é clara a respeito de que Deus deve ser a nossa prioridade máxima de vida. Mas a Bíblia também condena quando não priorizamos também algumas outras coisas como, por exemplo, a família.
Assim, procure encontrar um equilíbrio entre suas práticas de vida cristã e suas outras prioridades de vida, que também são importantes. Cuide bem de tudo que é importante.

TENHA O FOCO NO RELACIONAMENTO COM DEUS
Uma vida cristã produtiva começa no quarto com a porta fechada (Mt 6.6). Conforme Jesus sempre demonstrou em seu ministério, o tempo que passamos nos relacionando com Deus deve ser o foco principal de nossa vida cristã.
As outras manifestações de vida cristã saudáveis surgirão dessa. Assim, sua vida cristã produtiva começa a ser produzida na presença de Deus, principalmente através da oração, da leitura bíblica, do jejum, e vai avançando através do exercício de seus dons ministeriais’.
Não negligencie esse foco no relacionamento com Deus, pois, sem ele, o resto ficará prejudicado.
Busque inspiração em outros servos de Deus que conseguem viver a vida cristã de forma excelente, com equilíbrio e sabedoria. Temos muitos servos desse tipo em nossa volta e também na Bíblia. Seja um observador e coloque as dicas acima em prática e, certamente, você conseguirá ter uma vida cristã frutífera na presença de Deus.

FONTE: ciadescp.com.br

Pr. Francisco Cícero Miranda (Presidente da AD Mossoró)

DEUS SE PREOCUPA COM A FAMILIA

Do nada Deus fez tudo, criando todas as coisas sem dinheiro e sem preço, simplesmente usando não o poder de mágica, mas sim a sua inerência de criador e idealizador de todas as coisas.
Somente um Deus, que não consigo adjetivo para mensurar sua grandeza e magnitude, poderia criar tudo através da sua palavra. Criou céus e terra colocando como ornamentos, o sol a lua e as estrelas no firmamento para alumiar e resplandecer sua luz. Criou todos os seres vivos e os colocou para povoar os céus a terra e o mar. Idealizou, planejou e plantou um jardim com todas as sofisticações arquitetônicas que o mundo jamais conseguiu igualar. Na conclusão do seu projeto colocou no centro do jardim a árvore da vida.
Deus criou o homem, macho e fêmea para diferenciá-los e posteriormente uni-los pelas suas diferenças tornando os dois uma só carne. O macho veio do pó da terra e a fêmea da carne e dos ossos do macho. A dualidade foi então formada para se unir em torno de um só propósito, adorar ao Deus criador.
Assim, o primeiro casal celebrou e desfrutou os primeiros anos de casados. Vivenciou uma lua de mel inesquecível, num ambiente aprazível e aconchegante em que, mesmo estando nus não se envergonhavam, porque o próprio Deus fazia parte daquele relacionamento transparente.
A terra estava asséptica e produtiva. Com a bênção do seu criador, produzia tudo que nela era semeada, e seus frutos eram abundantes e o homem agradecia a suficiência de Deus. A benção de crescer e multiplicar estavam determinados pelo próprio Deus, que garantia o sucesso daquela família.
O lar é um lugar sagrado, porque são de Deus a preocupação e o interesse de todo o dia estar presente na vida da família. Naquele primeiro lar, a ornamentação principal era o amor e o dialogo. Ingredientes como: carinho, atenção, compromisso, companheirismo, respeito, solidariedade e muito romantismo faziam parte daquela primeira Família.
A expressão de Jesus descrita pelo evangelista João 16.31, de que, no mundo tereis aflição, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo, não fazia parte do vocabulário daquele tempo em que a família permanecia no jardim. Havia uma perfeita harmonia entre a natureza e todas as demais coisas criadas. A imunidade era completa, não existindo oportunidade para nenhuma enfermidade e/ou tipo de doenças.
A segurança era perfeita, podia-se andar e caminhar pelo jardim a qualquer hora do dia ou da noite. Não havia ociosidade, pois na seara do Senhor tem sempre trabalho pronto para todo cristão.
O projeto de Deus para aquela família era eterno, o limite era: crescer, multiplicar, encher a terra e dominar. Aquele casal foi instruído e preparado com valores morais, intelectuais e espirituais, pelo próprio Espírito Santo, que prepara e capacita em todas as coisas concernentes à vida. O próprio Deus como professor titular e mestre, todas as tardes ministrava aula de comunicação aquele casal; e que aula! Assim, aquele casal foi preparado e ensinado para viver na presença de Deus uma eternidade deslumbrante, cheia de gozo e emoções e o mundo permaneceria um eterno paraíso como um lar perfeito.
A primeira família viveu dias de glória e teve a oportunidade de desfrutar do livre arbítrio colocado nas mãos do casal pelo próprio Deus.
Nós, como família, somos livres para escolher o melhor que Deus colocou para sobrevivência do relacionamento familiar. Muitas são as opções e oportunidades que Deus tem colocado a disposição da família nas prateleiras da sua infinita bondade e misericórdia. Ele não mudou, permanece o mesmo ontem, hoje e eternamente, (Hb 13.8).
Independente da crise e/ou situação que esteja passando no seio da sua família, Ele persiste em te ajudar. O Senhor nos diz: eis que estou à porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa (Ap 3.20).
A sua companhia fará a grande diferença em sua Família.

Deus te abençoe.

Pr. Elumar Pereira (Diretor do Departamento da Família – DEFADEM)

PRINCÍPIOS X ESTILOS DE LIDERANÇA

Quando falamos de princípios e estilos em liderança, falamos de coisas distintas, porém interligadas.
Um conceito tem tudo a ver com o outro e sua prática se mistura, dificultando, às vezes, sua identificação em separado. Mas é importante, como líderes, analisarmos didaticamente estes conceitos e assim entender como isto se aplica a nossa vida.
Um princípio se refere ao que vem primeiro, antes de qualquer desdobramento de ações, é um fundamento que serve como base e norte para as atitudes que são praticadas.
Dentro da nossa formação Cristã, existem diversos princípios que regem nossa conduta. Por exemplo: o amor, a integridade, solidariedade, cuidado, compaixão, apoio, misericórdia, justiça, fé, visão, adoração a Deus e assim por diante.
Toda vez que vamos agir, nossos princípios éticos e morais que são ensinados pela Palavra de Deus afloram e se revelam. Como também fica claro quando não estamos seguindo os referenciais de princípios corretos e justos.
Cada líder tem um conjunto de princípios que guiam sua conduta e fazem parte do filtro de suas motivações. Já o estilo está muito ligado à metodologia, formas, um grupo de hábitos comportamentais.
Os teus princípios influenciam muito teu estilo. Neste aspecto, a liderança servidora tanto se percebe no princípio como no estilo. Os três eixos centrais ligados aos estilos de liderança estão baseados no poder da tomada de decisão.
O estilo autocrático, é um tipo de liderança que as decisões estão muito focadas na figura do líder central. Normalmente é uma liderança muito produtiva com altos resultados. Pode melhorar sua performance se abrir o coração para ouvir seus pares.
O estilo participativo ou democrático divide o poder de decisão com o grupo. Assim quando vai planejar ou executar, ouviu os envolvidos, escolheram suas prioridades e, desta forma, lideram. Neste estilo existe muita criatividade e oportunização de desenvolvimento de pessoas. Para aumentar seus resultados, às vezes, precisam ser mais objetivos no processo de debate e discussão de ideias.
Outro estilo muito estudado é o “Laisse faire”, uma palavra francesa que significa “deixa fazer”. O líder que trabalha com este estilo delega o poder de decisão a outros, ele apenas acompanha e orienta em casos específicos. É muito usado este estilo quando o grupo é maduro, composto por pessoas de confiança do líder, que conhece a capacidade dos que estão com ele.
Neste estilo novos líderes são gerados com maior fluidez. O cuidado deve ser em não  usar este estilo com pessoas neofitas. Uma coisa importante que merece destaque é que não existe um estilo melhor ou pior que o outro.
Todos os estilos terão pontos fortes e pontos de melhorias. Devido a este entendimento surgiu o estilo situacional, onde o líder é flexível na aplicação de um destes eixos, conforme a situação exige.
Particularmente, gosto muito da liderança situacional, pois nos permite extrair o melhor de cada estilo. E o seu estilo, qual é? Como você poderia melhorar? Você já identificou quais princípios têm regido sua prática de liderança? Boa reflexão. Lhe convido para em nosso próximo encontro falarmos sobre o desenvolvimento do trabalho em equipe, algo que todo líder deve saber. Até porque, sozinho, sempre é mais difícil. É melhor serem dois do que um.
Abração, Lidere onde estiver.

Pr. Wendell Miranda (2º Vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação e Diretor do Departamento de Evangelismo da AD Mossoró)

PACTO

O mundo antigo, como o contemporâneo, sempre foi conduzido por pactos, alianças que firmavam acordos entre pessoas e povos. De igual modo, o relacionamento de Yahweh com os povos, mais propriamente com Israel, estava fundamentado em uma aliança. A palavra hebraica que expressa essa relação é berit, utilizada pela primeira vez no Antigo Testamento após o dilúvio. Em Gn. 9.9-17 Deus estabeleceu uma berit com Noé, prometendo não destruir mais a terra. Por meio daquele patriarca o Senhor preservaria a descendência humana na terra.
Posteriormente, Yahweh estabeleceu um berit com Abraão (Gn. 15.18; 17.1-19), por meio do qual prometeu fazer dele uma grande nação, dando-lhe descendência. A existência de um pacto pressupõe a definição de termos explícitos, e em relação à aliança de Deus com Israel, o próprio Senhor determinou as ordenanças pelas quais a nação deveria se reger. No Monte Sinai, Yahweh deu ao povo israelita a Sua lei, conclamando a nação para confirmar os termos explicitados por Ele na berit (Ex. 24.1-8).
Naquele local Yahweh deu a Moisés as palavras que deveriam conduzir o relacionamento entre o Senhor e a nação israelita (Ex. 20). Os termos do berit foram estabelecidos pelo próprio Deus, e exigiam obediência ao Senhor. A nação comprometeu-se inicialmente em fazer tudo conforme estava escrito na aliança. Todavia, as palavras assumidas com os lábios não se confirmaram nas práticas daquela nação. Ao invés de obedecerem à lei de Deus, o povo decidiu seguir seus próprios caminhos, recebendo as consequências da quebra da aliança.
A perseguição por parte das nações vizinhas, resultando em vários anos de cativeiro, foi uma demonstração da ruptura de Israel com a berit de Deus. Mas Yahweh não se esqueceu do Seu povo, apesar da desobediência, agiu com misericórdia e graça, trazendo-o de volta à Terra Prometida. Jeremias profetizou que o Senhor fará um novo berit com os israelitas, esse em dimensão escatológica (Jr. 31.31-34). O cumprimento dessa aliança se dará por ocasião da vinda de Cristo para governar as nações, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap. 19.16).
Na atualidade, a berit do Senhor se dá através de Jesus Cristo, Ele antecipa o cumprimento futuro da aliança entre Deus e os homens (Lc. 22.20; Hb. 8.8; 9.15; 12.28). Esse pacto foi prometido a Davi em II Sm. 7, nesse texto Yahweh revelou ao monarca que sua linhagem reinaria para sempre. O profeta Daniel viu o retorno do Filho do Homem, o Ancião de Dias (Dn. 7), que reinaria eternamente. Portanto, Jesus é o cumprimento das promessas divinas dadas ao rei Davi (II Cr. 21.7; Jr. 33.20,21).
A palavra aliança ou pacto no grego do Novo Testamento é diathekê, que também pode ser traduzida por testamento. Jesus Cristo é o Mediador dessa nova aliança. O sangue dEle derramando no Calvário, bem como o cálice usado na celebração da Ceia, representa “o sangue do novo diatheke” (Lc. 22.20; I Co. 11.25). Tanto Paulo, em suas epístolas, quanto o autor da Epístola aos Hebreus, afirmam que esse berit/diathekê é superior à antiga (II Co. 3; Hb. 8). Esse novo pacto, em comparação com o antigo, tem melhores promessas, e sua glória jamais desaparecerá (Hb. 7.22).

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

INIMIZADES, IRAS E HOMICÍDIOS

Das nove obras da carne que se manifestam nas relações interpessoais (Gl 5.20-21 – ARC), já falamos sobre ciúme e invejas, como também sobre as ambições egoístas e as contendas de palavras. Agora vamos falar sobre inimizade (gr. echthra), ira (gr. thumos) e homicídio (gr. phonos). No original grego de Gl 5.20-21, essas três palavras aparecem no plural (“echthrai”, “thumoi” e “phonoi”), denotando que cada uma dessas obras da carne se origina e se manifesta de várias maneiras.
Convém salientar que a palavra “homicídios” (gr. phonoi) que aparece em Gl 5.21, só aparece na versão ARC, que foi traduzida a partir do “Textus Receptus”, enquanto as versões da Bíblia em português, baseadas no Texto Crítico do Novo Testamento Grego (ARA, NVI, NTLH, etc.), não trazem essa palavra. Trata-se de uma variante textual que vamos considera-la brevemente neste artigo.
Não restam dúvidas de que os pecados de ciúme, invejas, ambições egoístas e contendas de palavras geram inimizades e iras, e até homicídios. Isso evidencia cada vez mais a transgressão do mandamento de amar o próximo como a si mesmo (Mc 12.31).
O vocábulo grego “echthrai”, que aparece em Gl 5.20, é traduzido geralmente por “inimizades” ou “ódio”. Podemos afirmar que “echthra” é muito mais que falta de amizade. É ódio, aversão, malquerença e rancor profundo, como também uma paixão que impele uma pessoa a causar ou desejar mal a alguém. Como obra da carne que é, “echthra” é o antônimo exato de “agape”, que é um aspecto do fruto do Espírito. Enquanto o amor (gr. agape) predispõe a mente e o coração de uma pessoa para exercer abnegadamente a benignidade e a bondade em favor do próximo, a inimizade (gr. echthra) é uma atitude mental hostil que provoca e afronta outras pessoas, desejando e fazendo de tudo para prejudica-las.
A palavra “echthra” ocorre seis vezes no Novo Testamento Grego, significando inimizade entre pessoas (Lc 23.12), inimizade do homem para com Deus (Rm 8.7; Tg 4.4), uma obra da carne (Gl 5.20) e inimizade racial entre judeus e gentios (Ef 2.14-16), semelhante à inimizade entre gregos e bárbaros (Rm 1.14). Portanto, qualquer tipo de preconceito ou discriminação racial é uma obra da carne e é pecado.
A ira (gr. thumos) é outro pecado praticado no âmbito das relações sociais entre as pessoas. As versões em português da Bíblia traduzem “thumos” por ira, com exceção da NTLH, que traduz muito bem o vocábulo “thumus” por “acesso de raiva”. A ira é um impulso violento ou irritação forte contra o que nos ofende, fere ou nos causa indignação.
No grego do Novo Testamento, tanto a palavra “orge”, como a palavra “thumos”, significa ira. Enquanto a primeira se refere a uma ira mais crônica e duradoura, refletindo o temperamento de uma pessoa de sangue mais frio, a segunda se refere a uma explosão de ira proveniente de uma indignação interior, porém passageira, refletindo o temperamento colérico de uma pessoa de sangue mais quente.
“thumos” é uma palavra com muitos significados e com potencial quase ilimitado para o bem ou para o mal, podendo ser usada a respeito dos homens, no bom ou mau sentido, como também a respeito de Deus no bom sentido. No bom sentido, “thumos” significa a justa indignação diante daquilo que está errado.
A ira é como a dinamite que pode ser usada para abrir caminhos ou túneis através de uma rocha por meio de explosões, ou para destruir uma bela edificação ou cidade e reduzi-las a escombros. Como obra da carne, a ira é colérica, é um acesso ou ataque súbito de raiva que se acende dentro de nós com muito ímpeto. A pessoa irascível tem pavio curto e se ira com facilidade. O irascível tem um gênio ou temperamento explosivo, que rapidamente se incendeia em palavras e ações violentas (Cl 3.8), mas que se apaga com a mesma rapidez com que se acendeu.
Como um abismo chama outro abismo (Sl 42.7), uma pessoa com um coração cheio de inimizades e de iras pode chegar a praticar assassinatos (gr. phonoi) de nomes e de reputações, ou até mesmo tirar a vida de pessoas que são alvos de suas inimizades, iras, ciúme, invejas, ambições egoístas e contendas de palavras.

Os pecados de inimizades, iras e homicídios são graves e típicos de uma vida não regenerada e inclinada para as coisas da carne (Rm 8.1-2,5-6,8; Gl 5.16-26; Cl 3.1-11). Esses pecados implicam na perda da comunhão com Deus e levam seus praticantes à condenação eterna (Mt 5.21-26; Gl 5.19-21; 1 Jo 2.9-11; 3.14-16; Ap 21.8; 22.15). A solução para isto é produzirmos o fruto do Espírito (Gl 5.22-26) e seguirmos a seguinte recomendação bíblica: “Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou” (Cl 3.12-13 – NVI).

Ev. Fábio Henrique (1º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD e do CETADEM)


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