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AD MOSSORÓ - ASSEMBLEIA DE DEUS NO RIO GRANDE DO NORTE – MOSSORÓ

A MULHER SEM NOME

Hoje quero dedicar uma palavra especial para você MULHER. Desejo falar sobre uma MULHER, cujo nome a Bíblia não faz referência. Porque aqueles que olham para trás, passam pela sua existência sem nome na história, ficam paralisados, impossibilitados de avançar. Ela é apenas conhecida como a MULHER de Ló. Também, é importante lembrar que apesar de tantas MULHERES no Velho Testamento com fantásticas histórias de vida, Jesus nos pediu que lembrássemos da MULHER de Ló (Lc. 17.32).

Sua história está relatada em Gn 19.26, e nos fala de uma MULHER que perdeu sua vida porque não deu atenção a uma ordenança divina de vida, que dizia: “Agora corra e salve a sua vida! Não olhe para trás, nem pare neste vale”.

Seu marido se chamava Ló, e era considerado homem justo. II Pe. 2.8. Ela teve o privilégio de ser contemporânea de Abraão o pai da fé, e sua mulher Sara, considerada a mãe de uma grande nação. Morava numa cidade corrompida pela imoralidade chamada Sodoma. Certo dia Deus enviou dois anjos aquela cidade para visitar essa família e avisar-lhe do juízo de Deus para aquela cidade. Ló deu ouvido a determinação de Deus, juntou as duas filhas e sua MULHER, e deixaram aquela cidade em regime de urgência no dia de sua destruição.

É interessante observar que o a expressão: “Lembrai-vos da MULHER de Ló”, é uma séria advertência, um exemplo dramático de perdas significativas, uma forma de nos fazer lembrar por intermédio de seu exemplo as reais consequências da desobediência.

Precisamos parar um pouco para fazermos uma reorganização de Valores ou algo que ficou perdido em alguma área de nossas vidas que nos paralisou. E procurar descobrir se ficou alguma coisa do passado que poderá comprometer o curso normal da nossa vida.

Com a MULHER de Ló aconteceu exatamente isso, ela saiu de Sodoma, mas Sodoma não saiu dela. O coração dela estava naquilo que Deus havia destruído. Isto é seu coração estava profundamente atraído por tudo que existia ali.

Quantas MULHERES a semelhança da MULHER de Ló, foram transformadas em pessoas frias, coração de pedra, sem mobilidade espiritual, voltadas para seu passado.

Alguma de nós perdemos a autoestima, a paz interior, o entusiasmo pela vida porque fomos feridas na área mais sensível da MULHER, a área emocional. Devido a isso passamos a vivenciar uma vida engessada, porque nosso foco principal estaciona quando olhamos para trás e o problema ainda está guardado, bem guardado.

A mensagem de Deus para sua vida é: “Ninguém que lança mão ao arado e olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lc. 9.62).

A Bíblia também nos adverte que um abismo leva a outro abismo, e que nossas pequenas atitudes e decisões do dia a dia, começarão a se tornar parte de nossas vidas, formando hábitos e nosso estilo de vida. Devemos sempre perguntar a Deus qual a melhor atitude a ser tomadas em momentos de decisões.

Quando confundimos as nossas prioridades e pensamos em tomar decisões más, devemos lembrar da MULHER de Ló. Decisões precipitadas e desobediência podem impedir que você desfrute do melhor de Deus para a sua vida.

Precisamos ter cuidado porque o inimigo de nossa vida é perito em fazer as coisas parecerem agradáveis e certas, quando, na verdade, podem causar nossa destruição moral. Nossa jornada pela vida é feita em território perigoso. No esforço de enganar, o inimigo de Deus sugere a razão, que faz com que atos pecaminosos, pareçam aceitáveis, como viviam os habitantes de Sodoma. Devido a isso algumas de nós já perderam a inocência, o escrúpulo, o caráter, a pureza, e o bom nome.

Aqui fica a exortação para todas nós MULHERES, para que não desistamos diante das piores circunstancias. Somos especiais diante de Deus, nossa marca e nosso nome ficara em todo e tudo que venhamos alcançar. Deus pode mudar o rumo da história.

Você está cansada? Jesus nos diz: Venham a mim todos vocês que estão cansados… Eu lhes darei descanso (Mt 11.28).

Maria do Socorro G. Pereira (Esposa do Pr. Elumar Pereira – Diretor do Departamento da Família da AD Mossoró)

A INTEGRIDADE BÁSICA

“Andeis como é digno da vocação com que fostes chamados”. —Efésios 4:1b

Viver de forma inteira é viver seguindo o chamado de Deus em sua vida, querido líder. Não é ser perfeito; pois esta condição não é possível em nós mesmos; só podemos alcançar a perfeição em Cristo, pois Ele completa o que nos falta. Mas a integridade precisa de coerência entre o que dizemos e fazemos; e exige humildade para reconhecer nossas falhas e pedir perdão por elas, ao mesmo tempo que devemos estar abertos para correção do Senhor.

Em tempos onde a evidência clara de corrupção em todos os níveis, estão expostos na sociedade, cada um de nós, como líderes, devemos repreender e corrigir qualquer ação que cheire a corrupção em nosso arraial ou fora dele.

Assim a integridade envolve alinhamento com nosso chamado e testemunho de vida diante dos outros. Quem lidera sempre estará em exposição e observação; é implícito ao ato de liderar. Quem não está disposto a isto, deve repensar sua atuação como líder. Melhor, sem dúvida, é amadurecer sua percepção e fazer jus ao exemplo esperado de cada um de nós. Isto significa que nem sempre você será entendido, poderá ser julgado de forma errada e deve pedir graça e força de Deus para ter paciência com “os fracos” na fé. Também é importante fazer o que estiver ao seu alcance para se comunicar de forma clara, através de suas ações e se preciso através de palavras, para que seus liderados vejam sua integridade como servo de Deus e Glorifiquem ao Senhor por isto. Sei que não é fácil, mas é preciso.

Um líder de caráter piedoso se compromete com congruência, confiança, e honestidade em todas as áreas de sua vida, buscando estar acima de reprovação e ter a confiança de outros.

Deus o chama, como líder, para demonstrar aqui e agora uma vida de integridade. Tal vida é merecedora do chamado que você recebeu de Deus. Tendo sido salvo pela graça de Deus pela fé em Jesus Cristo, você é chamado a ter um alto padrão.

Assim diz as escrituras: “Exortando-vos e consolando-vos, e instando que andásseis de um modo digno de Deus, o qual vos chama ao seu reino e glória”. [I Tessalonicenses 2:12; ênfase acrescentada].

Provérbios 20:28b ( MSG) diz, “A liderança sadia tem o fundamento na integridade amorosa.” A integridade é um dos princípios fundamentais dentro do Reino de Deus, contudo frequentemente está em falta no mundo secular. Jesus ensinou que viver no Reino de Deus é viver através princípios Bíblicos, do Reino em lugar de através dos princípios de pecado do mundo.

Através do apóstolo Paulo, Deus enfatizou esta importante verdade novamente: Somente portai-vos, dum modo digno do evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que permaneceis firmes num só espírito, combatendo juntamente com uma só alma pela fé do evangelho; — Filipenses 1:27.

Para que possais andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus, corroborados com toda a fortaleza, segundo o poder da sua glória, para toda a perseverança e longanimidade com gozo; dando graças ao Pai que vos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. — Colossenses 1:10-12.

Como seus liderados lhe percebem? Como um homem ou mulher de Deus? Alguém que merece a confiança deles? Como você tem agido ele relação a seu chamado? Esta de acordo com ele, ou está atuando diferente? Você merece confiança? Que frutos demonstram isto?

Não queira ser o que não foi vocacionado para ser; se mantenha fiel ao que o Senhor te chamou. Somente esta pequena atitude já irá evitar frustrações e decepções em sua vida. Seja coerente, que você tem uma forte base para ser integro. Confie no Senhor. Fiel é quem chamou, Ele o fará, a seu tempo. Abração, até a próxima…. Lidere onde estiver.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

EXEGESE:PLANOS PARA PROSPERAR

“Porque eu sei bem os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais” (Jr. 29.11 – ARC).

Esse versículo tem sido, às vezes, mal interpretado, e não poucas, aplicado indevidamente às vidas das pessoas. Talvez porque ele representa os anseios das pessoas, principalmente no que tange à prosperidade. Mas para compreender melhor, e fazer uma aplicação apropriada, faz-se necessário interpretá-lo em seu contexto. Esse foi um período de desespero para os judeus. Os reis e sacerdotes estavam envolvidos em atos de corrupção, a situação do povo também não era diferente. Eles optaram por ir após outros deuses, devotaram-se às praticas pecaminosas, incompatíveis com a aliança divina.

É nesse contexto que surge a voz profética de Jeremias, a fim de advertir o povo quanto ao futuro iminente, a condução da nação ao cativeiro babilônico. O cumprimento de Jr. 29.11 somente aconteceria após os setenta anos distantes da terra (Jr. 25.11). A mensagem dos falsos profetas tinha como objetivo agradar os ouvintes. Um desses “profetas”, chamado Hananias, no cap. 28 de Jeremias, propagava que nenhuma desgraça sobreviria sobre o povo de Judá. Esse “profeta” se assemelha a alguns mensageiros atuais da teologia da prosperidade. Eles asseguram que nenhum mal alcançará os que creem, contanto que exercitem sua fé no Senhor.

Com base nessa contextualização, podemos compreender que essa é uma promessa específica de Deus para o povo de Judá. Trata-se, portanto, de uma promessa para a nação, e que necessariamente não se aplica a pessoas individualmente. A promessa do Senhor é a restauração da nação judaica após os setenta anos de cativeiro. A prosperidade viria depois dos anos difíceis sob o governo dos gentios. O cumprimento dessa profecia se deu quando o povo reestabelece a nação, reconstrói o templo, e restaura os muros de Jerusalém. É provável que a maioria das pessoas que ouviram essa profecia não testemunhou seu cumprimento.

Diante dessa interpretação, vale a pena se indagar: posso fazer uso dessa passagem e aplicá-la a minha vida pessoal? A resposta é: depende. Assumimos que o cristão espera um futuro glorioso, e pode ter esperança em relação ao cumprimento das profecias que apontam para esse momento. Aos crentes está reservado o arrebatamento da Igreja, que poderá acontecer a qualquer momento, quando a trombeta soar (I Ts. 4.13-18). Além disso, temos a certeza que estaremos na Jerusalém Celestial, a cidade que descerá dos Céus (Ap. 21), na qual não haverá mais pranto, nem morte, nem dor. Essa segurança na promessa divina nos motiva a enfrentar os desafios do tempo presente (Rm. 8.18).

Por causa da ênfase na prosperidade terrena há crentes que estão perdendo o foco na caminhada cristã. Quando lemos Hb. 11, percebemos que muitos daqueles que viveram pela fé não viram o cumprimento das promessas divinas em suas vidas. Mesmo tendo enfrentando momentos de adversidade, mantiveram a esperança na glória futura, a certeza nas coisas que se esperam, mas que não podem ser vistas (Hb. 11.1). Essa é aplicação apropriada de Jr. 29.11, a partir da esperança da glória celestial, reservada a todos aqueles que amam a vinda de Cristo (II Tm. 4.8). Lembramos que aquilo que o olho não viu e o ouvido não ouviu foi o que Deus reservou para aqueles que O amam (I Co. 2.9).

Antes de nos preocupar com as bênçãos materiais, devemos manter o foco nas bênçãos espirituais. A Igreja precisa voltar a valorizar a reconciliação, o perdão, a paz com Deus e a comunhão entre os irmãos. O próprio fruto do Espírito está sendo desprezado, são poucos os que oram pedindo ao Senhor as riquezas celestiais em Cristo. A ganância, própria do homem moderno, faz com que esse despreze os tesouros celestiais, levando-o a usar as Escrituras inadequadamente (Mt. 6.19-21), a fim de justificar seus desejos egoístas. Isso costuma acontecer com versículos cujas promessas são destinadas a Israel, que nem sempre se aplicam a condição pessoal do cristão.

Reconhecemos que Deus pode dar ao crente a possibilidade de conseguir um bom emprego, bem como uma família abençoada, na qual todos desfrutem de saúde. Mas isso nada tem a ver com Jr. 29.11, está relacionado também às escolhas que fazemos. Para conseguir um emprego digno e lícito, além de orar e buscar a orientação divina, é preciso investir na formação profissional. Em relação à família, é importante saber escolher com sabedoria o cônjuge, dedicar tempo para a edificação do lar, sobretudo para o desenvolvimento dos filhos. Mesmo com essas bençãos divinas, não podemos esquecer que somos peregrinos na terra, não podemos perder nossa morada celestial de vista (Fp. 3.20).

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró, 1º copastor do Templo Central e Superintendente Geral da Escola Bíblica Dominical)

TEMPOS DIFÍCEIS, TRABALHOSOS E TERRÍVEIS

Escrevendo aos Romanos, apóstolo Paulo denuncia as práticas pecaminosas dos gentios (Rm 1.18-32) e dos judeus (Rm 2.1-29), e conclui que todas as pessoas estão debaixo do pecado (Rm 3.9), que não há um justo sequer (Rm 3.10), e que todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rm 3.23). Essa situação de depravação total da humanidade pode ser exemplificada por meio de diversas listas de vícios ou pecados cometidos pelas pessoas, como as de Mt 15.19; Rm 1.18-32; 3.9-18; 1 Co 6.9-10; Gl 5.19-21; Ef 5.5; Cl 3.5; 1 Tm 1.9-10; Ap 21.8; 22.15.

De fato, os homens nascem em pecado (Sl 51.3,5) e “os ímpios erram o caminho desde o ventre; desviam-se os mentirosos desde que nascem” (Sl 58.3 – NVI). Todo o nosso ser e todas as áreas da nossa vida são afetadas negativamente pelo pecado (Is 1.4-6; Rm 7.15-25). Ao se referir à geração antediluviana, Deus declarou que “…a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6.5), e que “…a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice…” (Gn 8.21).

A Bíblia afirma que “…não há homem que não peque…” (1 Rs 8.46) e que “Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque” (Ec 7.20). O salmista declarou: “Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O SENHOR olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um” (Sl 14.1-3).

O ser humano não é pecador porque peca, mas peca porque é pecador. Isso é uma questão de natureza humana. Jesus disse que “…do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19). O homem está tão escravisado pela sua natureza carnal e pecaminosa, a ponto de Paulo declarar: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24).

Como se isso não bastasse, Jesus profetizou que no fim dos tempos “…muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.10-12). Como se observa, Jesus profetizou o agravamento da maldade e das consequências dos pecados das pessoas, a ponto dEle mesmo fazer a seguinte pergunta: “…Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” (Lc 18.8).

O Espírito Santo revelou ao apóstolo Paulo que “…nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” (1 Tm 4.1-2). Na sua última epístola que escreveu antes de morrer, apóstolo Paulo fez a seguinte revelação a Timóteo: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis” (2 Tm 3.1 – ARA). De acordo com o contexto bíblico, os “últimos dias” se refere ao período compreendido entre a primeira e a segunda vindas de Jesus Cristo à terra (At 2.17; Hb 1.1; 2 Pe 3.3; Jd 18).

Em 2 Tm 3.1, a expressão grega “kairoi chalepoi”, traduzida por “tempos difíceis” (ARA, AS21 e NTLH), “tempos trabalhosos” (ARC) ou “tempos terríveis” (NVI), significa “tempos difíceis de tolerar”, “tempos preocupantes”, “tempos perigosos”, “tempos duros de suportar”, “tempos lastimosos”. Diante do exposto, percebe-se que os dias que antecedem a segunda vinda de Cristo, dias nos quais estamos vivendo atualmente, são tempos de multiplicação da iniquidade e de degradação moral e espiritual da humanidade. À medida que se aproxima a vinda de Cristo, a situação ficará cada vez mais difícil e penosa para todos, mas especialmente para os cristãos salvos. Paulo afirmou que “…todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.12-13).

Após anunciar a vinda iminente desses “tempos difíceis” (2 Tm 3.1), apóstolo Paulo passa a listar 19 características negativas e pecaminosas das pessoas que fazem com que os dias atuais em que vivemos sejam considerados como “tempos difíceis”. De acordo com 2 Tm 3.2-5, essas pessoas são: 1) amantes de si mesmos, 2) amantes do dinheiro, 3) Jactanciosas, 4) soberbas, 5) blasfemas, 6) desobedientes aos pais, 7) ingratas, 8) profanas, 9) desafeiçoadas, 10) irreconciliáveis, 11) caluniadoras, 12) sem domínio próprio, 13) cruéis, 14) inimigas do bem, 15) traidoras, 16) precipitadas, 17) obscurecidas pelo orgulho, 18) mais amigas dos prazeres do que amigas de Deus, e 19) aparentemente piedosas, mas hipócritas.

Ev. Fábio Henrique (Bacharel em Teologia, 1º Secretário da IEADEM e professor da EBD e do CETADEM.).

DEUS DE PROMESSAS

Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes – Jeremias 33:3.

Deus está sempre atento ao clamor dos seus filhos. Ele promete grandes coisas na vida dos que o buscam em espírito e em verdade.

Porém, muitas vezes, em vez de adorarmos ao Senhor e sermos em tudo agradecidos a Ele, temos murmurado, temos sido ingratos e rebeldes à Sua Palavra e é por isso que não conseguimos receber as bênçãos que o Senhor tanto tem nos prometido.

Ele diz para simplesmente clamarmos, que seus ouvidos estão atentos para nos ouvir e nos atender.
Como é fácil reclamarmos das coisas e das pessoas, ver o defeito do nosso irmão e apontarmos o dedo como se fôssemos juízes.

É triste quando podemos observar que muitos crentes em Jesus têm esquecido das promessas do Pai e ao invés de continuar firmes em sua fé, têm se afastado de Seus caminhos e de Sua Palavra, que é viva e eficaz para mudar tudo o que parece impossível em suas vidas.

O Senhor é Deus de promessas grandiosas. Ele está de braços abertos para receber e abençoar a todos que clamarem. Então, clame ao Pai que, com certeza, Ele te dará uma resposta; pode não ser a resposta que você quer ouvir, porém, não se esqueça de que Ele sempre quer o melhor para seus filhos amados.

Deus prometeu a Abraão que lhe daria um filho e faria dele uma grande nação e, no tempo certo, cumpriu Sua promessa dando aos seus descendentes a terra prometida.

Ele não falha e jamais falhará. Quando promete algo aos seus filhos, pode demorar o tempo necessário, mas a benção chegará de maneira tremenda.

O segredo para ter uma vida abençoada e receber as promessas do Senhor é ter uma vida que agrada a Deus; é ser fiel, em tudo, ao Pai; é amá-lo de todo o coração, e ao próximo, como a si mesmo.

Pare de criticar os que te rodeiam, pare de ver somente os defeitos das pessoas e passe a observar suas virtudes.

Tenha uma vida de oração constante e leitura da Bíblia, colocando em prática os ensinos sagrados. Tenha um coração quebrantado e contrito e faça a diferença onde quer que você esteja.

Seja luz para que os que te rodeiam possam ver Cristo através de ti.

Deus prometeu que enviaria Seu único Filho para ser sacrificado em prol de nos salvar. E, no tempo certo, o enviou de forma tremenda.

Todas as promessas feitas por Deus cumpriram-se no passado, cumpre-se ainda hoje e continuarão cumprindo-se até a volta de Jesus, quando ele virá para levar os seus e julgar o mundo.

Portanto, devemos estar preparados para este grande dia, precisamos limpar nossos corações e mentes de tudo o que seja impuro. Pois só entrará no reino de Deus os puros e limpos de coração.

Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos que se prostituem, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte – Apocalipse 21:7-8.
Que Deus nos abençoe e nos dê discernimento para cumprir sua vontade. Fique com a paz de Jesus Cristo.

FONTE: gospel10.com

FADIGA: VEM DE ONDE?

O cansaço no ministério nem sempre está relacionado com o complexo de nossas circunstâncias.

Há pouco dias conversava com um grupo de pastores. Em um momento a conversa girou ao tema do estado de nossas vidas espirituais. Um dos presentes fez uma advertência: “Não quero que pensem que me queixo, mas a mim me resultava mais fácil cuidar minha vida espiritual quando não estava no ministério”. Quase todos os presentes concordaram com este sentimento. Todos nos sentíamos pressionados, sobrecarregados, fadigados e, em muitas ocasiões, usados.

Não é a primeira vez que ouço este tipo de comentários de parte de pastores. Com frequência falamos como se trabalhar na igreja fosse um obstáculo para viver uma vida de graça e vitória em Cristo. Que é que ocorre com nossos ministérios que acabamos perdendo nossa vitalidade espiritual? Não creio que fosse a intenção de Deus que os pastores vivessem desta maneira. Se a proposta da igreja é convidar as pessoas a experimentar uma vida similar à de Cristo, como pode ser edificada por pessoas que perdem pelo caminho essa mesma vida?

MAIS ALÉM DO APARENTE
Muitos de nós cremos que a extensão do Reino de Deus somente conseguiremos a expensas de nossas vidas pessoais. Nosso sacrifício, afirmamos, o que logrará que a Igreja seja edificada. Creio, entretanto, que o problema radica noutro lado. É observado, em minha vida e na de outros, que grande parte da fadiga e opressão que padecemos é o fruto de um sutil mas, importante pecado: O delírio de grandeza.

Este pecado é o que me leva a dizer sim, quando na realidade deveria dizer não.

Significa que estou mais preocupado com o ministério que em participar plenamente da vida que compartilho com meu cônjuge e meus filhos. E isso é porque não somente é o Reino o que está em jogo: também minha carreira e minha reputação se arriscam no ministério.

A competição e a comparação estão tão entrincheiradas em nossa perspectiva de vida que nos encontramos lutando para ser reconhecidos. O entrelaçamento consigo mesmo que esconde esta luta, já não se condena, porque é uma característica comum ao ser humano.

O pecado de amar-se demasiado se tolera e, em alguns casos, se expõe como uma virtude.
No ministério, entretanto, o delírio de grandeza se disfarça. Não o identificamos tal como é, por que cremos que o temos vencido.

Na realidade, permanece debaixo da superfície e se manifesta em atitudes de ressentimento, frustração ou sentimentos de vergonha e fracasso.

CRISTO SE FORMA EM MIM?

Uma pergunta que me repito seguindo, nesta etapa da vida, é se minha participação no ministério ajuda a que Cristo seja formado no meu interior. É importante que examinemos com cuidado esta pergunta, pois indicará de que maneira o ministério afeta nossa vida.

O que Cristo forme em mim não é o mesmo que exortar as pessoas que estão no ministério a que se cuidem mais. O ministério pode ser cansativo, inconveniente e ainda perigoso. Nem tornará mais administrável minha vida. Quando Paulo fala de açoites, naufrágios, fome e nudez não se refere a uma vida fácil. No obstante, o ministério autêntico jamais fará erosão em minhas possibilidades de viver uma vida de gozo e amor. O ministério não pode ser separado da formação espiritual.

Isto me ajuda a saber se sofro de um complexo messiânico. Se tenho desenvolvido corretamente o ministério que me têm sido confiado, aportará a que Cristo seja formado em mim.

Meu ministério deve ser considerado como um mais dos muitos instrumentos que Deus utiliza para minha transformação. E de muitos outros companheiros.

O pequeno messias em mim, entretanto, não morre com facilidade. Para lutar contra esta tendência, tenho implementado alguns princípios. E até aqui o Senhor tem me ajudado. Força na fé, sigamos confiando na bondade de Deus.

TRAÍDOS PELO TEMPERAMENTO

“Disse o SENHOR a Moisés: Toma o bordão, ajunta o povo, tu e Arão, teu irmão, e, diante dele, falai à rocha, e dará a sua água; assim lhe tirareis água da rocha e dareis a beber à congregação e aos seus animais. Então, Moisés tomou o bordão de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado. Moisés e Arão reuniram o povo diante da rocha, e Moisés lhe disse: Ouvi, agora, rebeldes: porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros? Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e bebeu a congregação e os seus animais. Mas o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei.” (Nm 20.7-12)

Você já foi traído pelo seu temperamento? Lidar com as emoções não é coisa muito fácil.

Alguns pastores possuem um temperamento volátil. São simpáticos e cordiais enquanto a igreja se submete à sua liderança, mas quando são desafiados ficam irritados e ridicularizam qualquer um que ouse opor-se a eles. Outros utilizam o púlpito como palanque para denegrir as vozes discordantes.

O líder que perde facilmente o controle emocional diante de uma opinião ou posicionamento discordante, ridicularizando e humilhando publicamente aquele que omitiu o pensamento contrário, pode comprometer a sua própria liderança, pois perderá gradativamente o respeito dos seus liderados.

Quando traído publicamente por seu temperamento, o líder deve se retratar também publicamente, e pedir perdão aos que foram por ele ofendidos. Assumir os erros é uma virtude do caráter do líder cristão.

Conforme o texto de Números 20.7-12, traído por seu temperamento, Moisés se dirigiu ao povo asperamente chamando-o de rebeldes. Moisés, mesmo com toda intimidade que tinha com o Senhor, pagou um alto preço perdendo o privilégio de continuar conduzindo o povo à terra prometida.

É preciso sempre lembrar que o povo não é nosso, mas de Deus. Se quisermos ter longevidade na condição de líderes, precisaremos tratar bem nossos companheiros de ministério e a Igreja do Senhor.

FONTE: portalfiel.com.br

O QUE É LIDERANÇA?

Liderança é a arte de comandar pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma construtiva ideias e comportamentos. A liderança pode surgir de forma natural, quando uma pessoa se destaca no papel de líder, sem possuir forçosamente um cargo de liderança. É um tipo de liderança informal. Quando um líder é eleito ou escolhido por uma organização e passa a assumir um cargo de autoridade, exerce uma liderança formal. Dr. Jhon Maxuel afirma de forma simples que “Liderança é influenciar pessoas”.

A medida de nossa liderança está relacionada diretamente ao alcance de nossa influência, ou seja, quantas pessoas seguem o seu modelo de atuação e valorizam o que você ensina e faz. Quanto você deseja conhecer um pouco mais do seu perfil de liderança, reflita nas seguintes questões: Quantas pessoas são impactadas pelas minhas ações e ideias? Quem me influencia? Qual a fonte que alimenta o meu modelo de atuação como líder? Qual meu histórico de realizações como líder?

Estas reflexões abrem nossa mente para perceber como somos alcançados e alcançamos outros em nossas atitudes de liderança. A liderança em si não é boa nem ruim. Os adjetivos que colocamos ficam por conta do conteúdo que é oferecido por cada líder. As vezes, por exemplo, alguém pode usar “seu poder de influência” cada ações negativas, más, destrutivas e desagregadoras; outras vezes, pode usar para fazer exatamente o contrário, ou seja, ajudar, apoiar, somar, colaborar e crescer.

Como você está usando sua liderança? Em casa, no trabalho, em sua igreja, com amigos?
Para nós cristãos, Jesus é o maior modelo de liderança que temos. É nossa referência para as ações desenvolvidos na vida eclesiástica, pessoal e profissional.

Leia e estude a Bíblia, aprenda com Jesus, use o modelo de Cristo, com certeza você terá uma liderança frutífera, construtiva e servidora. Até o nosso próximo encontro. Deus abençoe! Lidere, onde você estiver.

Pr. Wendell Miranda (2° vice-presidente da IEADEM, Superintendente do Sistema de Comunicação da AD em Mossoró)

INTIMIDADE E TRANSPARÊNCIA

Gênesis 2.24-25: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”.

A definição intimidade é complexa uma vez que seus significados variam de relacionamento para relacionamento, e dentro de um mesmo relacionamento ao longo do tempo. Em alguns relacionamentos, a intimidade está ligada ao sexo e sentimentos de afeto podem estar conectados ou serem confundidos com sentimentos sexuais. Em outros relacionamentos, a intimidade tem mais a ver com momentos divididos pelos indivíduos do que interações sexuais. De qualquer forma, a intimidade está ligada com sentimentos de afeto entre parceiros em um relacionamento.

Esta não é uma definição precisa, mas mesmo sem ser específico, parece que a intimidade e relacionamentos saudáveis andam de mãos dadas. Certamente a intimidade é um ingrediente básico em qualquer relacionamento com algum significado: a base da amizade e uma das fundações do amor. As principais formas de intimidade são a intimidade emocional e a intimidade física. A intimidade intelectual, familiaridade com a cultura e os interesses de uma pessoa, é comum entre amigos. Membros de grupos religiosos ou filosóficos também percebem uma “intimidade espiritual” em sua comunidade.

A palavra intimidade muitas vezes quando é pronunciada logo se vem à mente a questão da relação sexual. Apesar de que a intimidade anda colada com a relação sexual, aqui me refiro principalmente à profunda comunhão do coração e do espírito entre marido e esposa. O sentimento de amor romântico não é como um objeto que possuímos ou não. Ele é, na verdade, um barómetro que serve para medir a quantidade e a profundidade da comunicação íntima entre marido e mulher. Quando alguém fala que não ama mais ou deixou de amar o seu cônjuge simplesmente eles perderam a habilidade de estabelecer e nutrir uma comunicação íntima um com o outro. Quando a comunicação íntima, espiritual e emocional é restaurada, geralmente esse sentimento romântico também é restaurado.

Podemos comparar o sentimento de amor romântico a uma conta bancária cujo saldo positivo aumento ou diminui à proporção que se fazem depósitos ou saques. Normalmente no começo do relacionamento existem muitos compartilhamentos praticados em nível do coração, de seus sonhos, desejos, aspirações, medos, decepções e desânimos que funciona como depósitos gerando sempre saldo positivo em sua conta sentimental. Alguns casais, logo depois que se casam, reduzem ou acabam com a comunicação íntima, neutralizando ou zerando qualquer depósito em sua conta. Quando isso acontece, a conta de sentimento romântico chega à zero ou fica negativa.

A transparência é a chave para a intimidade. A expressão em Gênesis 2.24-25, “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”. No texto referido podemos tirar algumas conclusões. Obviamente, a primeira frase faz referencia ao plano de Deus para o casamento, descrevendo exatamente o fato de o Criador ter designado duas pessoas para se unir e tornar-se uma só carne. Já a segunda fase dessa passagem nos dá a dica de como isso deve acontecer. A passagem diz que o primeiro casal estava nu e não se envergonhavam. O verdadeiro sentido dessa passagem não era que o casal estivesse desfilando despidos pelo jardim, mas que entre eles havia um profundo e íntimo nível de comunicação. Ambos eram abertos e transparentes entre si em todas as áreas do seu ser: espírito, mente, sentimentos e corpo. Ou seja, eles viviam de uma maneira que não tinham nada a esconder um do outro.

Uma vez que a intimidade é a chave para o sentimento de amor romântico e que a “nudez” ou transparência é a chave para a intimidade, é extremamente importante para nós, como casal, aprendermos a investir tempo para nos comunicarmos de forma íntima e transparente um com o outro.

Ter intimidade é convidar o outro a “enxergar através de você”. Ser íntimo significa dar ao outro o privilégio de olhar para as profundezas do seu coração e estar disposto a expor tudo o que estiver dentro dele. Isso implica em ser totalmente transparente, em ter um relacionamento “nu”, sem nada encoberto ou escondido. O texto revela que o casal além de estar “nu” não se “envergonhava”. A vergonha é uma força muito potente que nos motiva a esconder coisas a respeito de nós mesmos que são erradas, feias ou das quais não gostamos. Um profundo medo de que outra pessoa descubra coisas a meu respeito, que eu não quero que ela saiba. Esse medo fará com que se tenha vergonha e esconda essas coisas desagradáveis do cônjuge, e quando isso acontece à intimidade no relacionamento conjugal tende a diminui. É muito importante entendermos que, da mesma forma que coisas escondidas destroem a intimidade no casamento, coisas escondidas também destroem a intimidade com Deus.

Logo, concluímos que, a intimidade depende da transparência e a transparência depende da confiança que a aliança produz em um casamento. Em um casamento, a intimidade é destruída quando mantemos coisas escondidas um do outro. Sempre que um cônjuge decide esconder algo, ainda que pequeno, do seu parceiro, ele estabelece um padrão de mentira, desonestidade e desconfiança em seu relacionamento conjugal. A verdade e a transparência sempre abrem a porta para a intimidade. Esconder coisas em um casamento sempre destrói o potencial de intimidade e o sentimento de amor romântico. Deus te abençoe…

Pr. Elumar Pereira  (Diretor do Departamento da Família da IEADEM )

NÃO JULGUEIS

Não julgueis para que não sejais julgados (Mt. 7.1- ARC).

A expressão “não julgueis”, em grego é Μὴ κρίνετε e diz respeito ao ato de separar, distinguir, discriminar. O verbo deriva de κρίνω, cujo sentido é o de distinguir ou decidir, e por implicação, condenar ou punir. A construção gramatical se encontra no imperativo, na voz ativa e na segunda pessoa do plural. A tradução literal é: “Não julgueis”, assim traduzida para o português na Almeida Revista Atualizada (ARA), e na Almeida Corrigida (ARC). A Nova Versão Internacional opta por “Não julguem”, a fim de trazer uma linguagem mais contemporânea.

Esse versículo tem sido amplamente usado nas discussões interpessoais. A quem evoque essa passagem para defender-se de supostos julgamentos. Mas o uso desse trecho bíblico não pode ser usado para respaldar práticas pecaminosas. Precisamos atentar para o contexto no qual esse verso se encontra. Em Mt. 7 Jesus está repreendendo a hipocrisia dos fariseus, que facilmente percebiam os pecados dos outros, mas não os deles mesmos. O Senhor reivindica um padrão de vida moral compatível com os cidadãos do reino de Deus.

Sendo assim, aqueles que se arrependem e colocam sua fé em Jesus para a salvação passam a serem filhos de Deus, por isso devem viver em novidade de vida, amando-O de todo coração e ao próximo com a si mesmo (Mt. 22.34-40; Mc. 12.28-34). É nesse contexto que Jesus afirma: “porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trae que está no teu olho?” (Mt. 7.2,3 – ARC). E acrescenta: “Ou como dirás a teu irmão: deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão” (IMt. 7.4,5 – ARC).

Várias vezes, ao longo dos Evangelhos, Jesus repreende os fariseus pela hipocrisia deles. Eles se destacavam por estabelecer padrões elevados para as pessoas, mas eles mesmos não obedeciam ao que estipulavam como regra de vida. A esse respeito, devemos estar cientes que uma coisa é ser julgado pelo seu semelhante, outra totalmente diferente é ser julgado pelo próprio Deus. Os hipócritas, isto é, aqueles que pecam, mas não se arrependem, incorrem em grave risco. Julgamento maior está reservado àqueles que veem apenas os pecados dos outros, mas não se apercebem dos seus próprios pecados.

Uma tradução mais livre de Mt. 7.1 seria: “Parem de julgar as outras pessoas de maneira hipócrita, e se apercebam do pecado em suas próprias vidas”. O enfoque desse texto está no julgamento hipócrita dos fariseus, nada tem a ver com o tratamento dado ao pecado, na forma de disciplina, principalmente no contexto da igreja (I Co. 5.1-13). A menos que a pessoa que esteja acusando alguém de pecado esteja envolvida no mesmo tipo de prática. Há pessoas que transferem sua culpa para os outros, como faziam os religiosos dos tempos de Jesus. Elas cometem os mesmos pecados (ou similares), mas se adiantam em julgar os outros, na maioria das vezes, de maneira intransigente.

Alguns cristãos são julgados por exigirem padrões morais elevados das pessoas, mas cometem pecados incompatíveis com a fé que professam. Evidentemente isso não quer dizer que os cristãos devem ser perfeitos, mas que devem ter cuidado para viver de modo que não venham escandalizar o nome de Cristo. O cerne desse versículo é: devemos ficar atentos ao pecado em nossas vidas. Reconhecê-lo, e confessá-lo a Deus é o caminho para obter o perdão, sobretudo saúde espiritual e física. É preciso se desvencilhar da velha natureza, e se revestir do novo homem em Cristo (Ef. 4.24; Cl. 3.10).

Esse é um exercício espiritual, e não pode ser alcançado individualmente, carecemos da ajuda uns dos outros, e da produção do fruto do Espírito em nós (Gl. 5.22). Em relação ao cuidado de uns com os outros, Tiago nos lembra de que se um irmão pecar, e se esse demonstrar arrependimento, devemos ajudá-lo, e ao fazê-lo salvaremos uma alma da morte, e cobriremos “uma multidão de pecados” (Tg. 5.20 – ARC). Paulo deu orientação semelhante aos crentes gálatas, para que ajudassem aqueles que foram surpreendidos em algum pecado, encaminhando-o com mansidão ao caminho da verdade, mas tendo cuidado de não incorrer no mesmo erro (Gl. 6.1).

Portanto, Jesus não proíbe a identificação do pecado, nem mesmo a disciplina, quando essa se fizer necessária. A repreensão do Senhor se aplica àqueles que julgam, mas cometem as mesmas práticas, ou mesmo piores. O juízo de Deus sobrevirá sobre aqueles que se apressam a julgar os pecados dos outros, mas deixam a decadência da sua condição.

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

DOMÍNIO PRÓPRIO

Após rejeitar o sacrifício de Caim, Deus disse a ele que o pecado estava à espreita, querendo conquistá-lo, mas que ele deveria dominá-lo (Gn 4.7b). O homem é pecador por natureza e não consegue vencer sozinho o poder do pecado (Sl 51.5; Ec 7.20; Jr 17.9; Gn 6.5; 8.21). Além de não compreender as coisas espirituais (1 Co 2.14), o homem natural vive escravisado pela sua natureza humana pecaminosa (Rm 7.14-23), praticando as obras da carne (Gl 5.19-21).

Duas dessas obras da carne são as bebedeiras e as orgias (Gl 5.21), que são pecados relacionados à falta de autocontrole, licenciosidade, devassidão e libertinagem.

Para nos ajudar a não cair nesse tipo de pecado, o Espírito Santo concede ao cristão regenerado a nona e última virtude do fruto do Espírito (Gl 5.22-23), denominada de temperança ou domínio próprio (gr. egkrateia). A palavra grega “egkrateia” ocorre apenas em três versículos Bíblia (At 24.25; Gl 5.23; 2 Pe 1.6), cujo significado inclui a ideia de autocontrole ou domínio próprio do crente sobre todos os seus desejos e paixões carnais. Ao invés de se entregar às licenciosidades e às incontinências hedonistas, o crente fiel controla seus desejos e paixões. Se por um lado as pessoas carnais são incontinentes, dissolutas e intemperantes, por outro lado os crentes espirituais refreiam seus apetites carnais, são comedidos, moderados, temperantes e apresentam domínio próprio.

Ao discorrer sobre a fé em Cristo com o governador Félix, apóstolo Paulo mencionou a temperança (gr. egkrateia) juntamente com a justiça e o juízo vindouro (At 24.25), o que evidencia a importância dessa virtude do fruto do Espírito. Apóstolo Pedro também reconheceu a importância do domínio próprio, ao recomendar que os cristãos devem associar a temperança e outras virtudes à fé, para que não sejamos inativos e nem infrutuosos no pleno conhecimento de Jesus Cristo (2 Pe 1.6-7).

Além do substantivo “egkrateia”, outras palavras gregas também são usadas na Bíblia para se referir à essa virtude do fruto do Espírito, como o adjetivo “egkrates” (Tt 1.8), o verbo “egkrateuomai” (1 Co 7.9; 9.25) e o adjetivo “nephaleos” ou “nephalios” (1 Tm 3.2,11; Tt 2.2). A falta de domínio próprio, que é a intemperança ou incontinência, é descrita pelo substantivo grego “akrasia” (Mt 23.25; 1 Co 7.5), sendo que a pessoa que não tem domínio de si ou que é intemperante, é caracterizada pelo adjetivo “akrates” (2 Tm 3.3).

Nos últimos dias, que são tempos trabalhosos, uma das marcas dos homens que não servem a Deus é a incontinência (ARC) ou a falta de domínio de si (ARA), conforme 2 Tm 3.1-3. Jesus acusou os escribas e fariseus de se preocuparem excessivamente com o exterior dos copos e dos pratos, mas os corações deles estavam cheios de rapina e de intemperança (Mt 23.25 – ARA).

Por ser uma virtude do fruto do Espírito (Gl 5.22-23), o domínio próprio é dado por Deus, mas o homem também deve fazer a sua parte. Em 1 Co 9.25 Paulo usa o verbo “egkrateuomai” para se referir à atitude proativa do atleta que “de tudo se abstém” (ARC), “em tudo se domina” (ARA) ou que “exerce domínio próprio em todas as coisas” (AS21), com a finalidade de alcançar uma coroa corruptível. Quando uma pessoa é privada de relações sexuais por seu cônjuge, ela pode perder o domínio próprio e ser tentada por Satanás para cometer o pecado de incontinência sexual (1 Co 7.5). Ainda nessa área do controle dos desejos sexuais, Paulo aconselhou os solteiros e os viúvos que “…se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo” (1 Co 7.9 – NVI).

A virtude do domínio próprio foi bastante destacada pelo apóstolo Paulo nas Epístolas Pastorais. Dentre várias qualidades exigidas dos candidatos ao presbitério da igreja da ilha de Creta, uma delas era que o obreiro deveria ser uma pessoa que tivesse “domínio de si” (Tt 1.8 – ARA). Em 1 Tm 3.2 (ARA), ao listar alguns pré-requisitos dos candidatos ao ministério pastoral, Paulo disse que eles deveriam ser irrepreensíveis, esposos de uma só mulher, hospitaleiros, aptos para ensinar, mas também deveriam ser sóbrios, modestos e temperantes (gr. “nephaleos”). Este mesmo adjetivo grego também foi empregado para mostrar que as diaconisas da igreja deveriam ser mulheres temperantes, além de respeitáveis, não maldizentes e fiéis em tudo (1 Tm 3.11 – ARA). Essa qualidade da temperança também foi recomendada por Paulo para os homens idosos: “Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância” (Tt 2.2 – ARA).

O crente que tem domínio próprio cumpre em sua vida o que Jesus disse: “se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23). O domínio próprio é uma marca tão distintiva do cristão, que apóstolo Paulo afirmou: “e os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24). Isso é temperança.

Que possamos cada vez mais valorizar, buscar e cultivar na nossa vida cristã a virtude do domínio próprio, pois “como uma cidade destruída e sem muros, assim é o homem que não pode conter-se” (Pv 25.28 – AS21). Por outro lado, “…quem tem domínio próprio é melhor que aquele que conquista uma cidade” (Pv 16.32 – AS21).

Ev. Fábio Henrique (1º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD e do CETADEM).


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