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CIÚME E INVEJAS

CIÚME E INVEJAS

Nos artigos anteriores dessa série intitulada “As Obras da Carne e o Fruto do Espírito”, que tem como base o texto de Gálatas 5.19-21, estudamos a respeito dos pecados sexuais (prostituição, impureza e lascívia) e os pecados religiosos que afetam o nosso relacionamento direto com Deus (idolatria e feitiçaria). A partir desse mês, estudaremos uma sequência de quatro artigos que tratam das obras ou pecados da carne que se manifestam nos relacionamentos interpessoais: 1) Ciúmes e Invejas; 2) Pelejas e Porfias; 3) Inimizades, Iras e Homicídios; e 4) Dissensões e Heresias.
No texto original de Gl 5.20, a palavra grega “zelos” está no singular, sendo traduzida corretamente na Nova Bíblia Viva por “ciúme”, no singular. Em outras versões, essa palavra é traduzida por “emulações” (ARC), “ciúmes” (ARA, NVI, AS21) ou “ciumeiras” (NTLH), todas no plural. O termo grego “zelos” ocorre 17 vezes no Novo Testamento e significa uma excitação de mente, ardor, fervor de espírito, entusiasmo e zelo no interesse por uma pessoa, coisa ou causa. Assim, “zelos” não é intrinsicamente mal, como pode ser visto em Jo 2.17; 2 Co 7.7; 9.2; 11.2, onde “zelos” é traduzida com o sentido de zelo, preocupação, defesa, empenho, dedicação e boa vontade.
Porém, a palavra grega “zelos” também pode ser usada no sentido negativo e mal, conforme empregada em At 5.17; 13.45; Rm 13.13; Gl 5.20 e Tg 3.14,16, sendo traduzida para o português como inveja, emulação ou ciúme. Como obra da carne, “zelos” é empregada em Gl 5.20 no sentido negativo, significando um sentimento forte de ressentimento, ciúme e rivalidade invejosa e contenciosa.
De acordo com o apóstolo Tiago, “zelos” no sentido negativo é uma inveja amargurada que acompanha o sentimento faccioso e que se instala no coração do homem dominado pela sabedoria própria da natureza humana, carnal e pecaminosa, tendo como resultado a prática de muitas coisas ruins (Tg 3.14-16). Esse zelo doentio tomou conta de Saulo de Tarso, a ponto dele perseguir a Igreja e achar que estava fazendo um favor a Deus (Fp 3.6a). A mesma coisa aconteceu com os judeus que queriam se justificar pelas obras da Lei (Rm 10.1-3).
O ciúme e a rivalidade invejosa também tomaram conta do coração do Sumo Sacerdote e de todos os saduceus, levando-os a decretarem a prisão dos apóstolos (At 5.17-18). Algo semelhante aconteceu com os judeus que ouviam a pregação de Paulo e Barnabé, pois “quando os judeus viram a multidão, ficaram cheios de inveja (gr. “zelos”) e, blasfemando, contradiziam o que Paulo estava dizendo” (At 13.45 – NVI).
O pecado de ciúme ou emulação também pode gerar rivalidade entre crentes carnais que não estão vigiando, como aconteceu na igreja de Corinto. Apóstolo Paulo falou: “porque ainda são carnais. Porque, visto que há inveja (gr. “zelos”) e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos? (1 Co 3.3 – NVI). Na sua segunda carta, Paulo disse que quando fosse ter com os Coríntios esperava não encontrar mais esse pecado de ciúme ou emulação entre eles (2 Co 12.20).
No versículo 21 do capítulo cinco da epístola de Paulo aos Gálatas, o apóstolo também fala de outra obra da carne, que é a inveja (gr. phthonos). Esta palavra grega neste versículo aparece no plural, denotando a existência de vários tipos de inveja. Ela pode ser definida como sendo o sentimento de desgosto ou pesar produzido em uma pessoa, por testemunhar ou ouvir falar da vantagem, prosperidade ou da felicidade de outrem. A inveja é uma antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos, levando o invejoso a ter um desejo violento de possuir o bem alheio.
O termo grego “phthonos” aparece nove vezes no Novo Testamento, sendo oito vezes se referindo a uma obra da carne (inveja) praticada pelos homens (Mt 27.18; Mc 15.10; Rm 1.29; Gl 5.21; Fp 1.15; 1 Tm 6.4; Tt 3.3; e 1 Pe 2.1), e uma vez ao Espírito Santo (Tg 4.5). No que se refere ao Espírito Santo (Tg 4.5), o versículo anterior (Tg 4.4) impele-nos a traduzir “phthonos” por “ciúme”, no sentido de que o Espírito Santo que habita em nós tem cuidado e zelo da gente e requer exclusividade na adoração e serviço a Deus (Ex 20.3; Is 42.8; Mt 4.10; 6.24).
Diante do exposto, fiquemos com a recomendação do apóstolo Pedro: “Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo” (1 Pe 2.1-2).

Ev. Fábio Henrique

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