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CÉU

CÉU

Há um hino cuja letra expressa “o céu é um lindo lugar, cheio de glória sem par”. Compositores e poetas tentaram vislumbrar em versos a grandeza desse lugar. Mas nossa linguagem é limitada para descrever as glórias que serão reveladas no céu. Antes de avaliar o significado bíblico de céu, faz-se necessário atentar para as suas múltiplas nuances. Semelhantemente ao português, essa é uma palavra polissêmica, com sentidos que dependem do contexto no qual se encontram. O céu tanto pode ser um espaço físico quanto espiritual, no qual habitam Deus e todos aqueles que nEle acreditam.

A palavra hebraica shamaim pode significar tanto o céu físico, a atmosfera ou espaço, quando o lugar de habitação de Deus. É comum encontrar passagens bíblicas no Antigo Testamento que façam referência à chuva, neve, trovão, vento e nuvens (Gn. 8.2; Is. 55.9-11; Jó 38.29; Js. 10.11; I Sm. 2.10) como a elementos astronômicos tais como estrelas, sol e lua (Gn. 15.15; Dt. 4.19; Jo. 9.8,9; Sl. 8.3). Até mesmo os pássaros são identificados como sendo provenientes do shamaim (Gn. 1.26; Dt. 28.26; I Rs. 16.4; Sl. 8.8). Na dimensão escatológica existe a possiblidade do aparecimento de sinais no shamaim (Is. 50.3; Ez. 32.7; Jo. 2.10).

Mas shamaim tem a ver também ao lugar de habitação e da presença de Deus. De acordo com os autores bíblicos, Yahweh habita acima dos céus criados, até mesmo do mais alto céu (I Ts. 8.27). É de lá que vem Sua revelação, dEle procede todas as coisas (Gn. 28.12,17; I Rs. 8.30; Jo. 22.12; Sl. 14.2). O Deus pessoal que se revela é Aquele que fala, ouve e responde as orações diretamente do shamaim (Gn. 21.17; Ex. 20.22; Sl. 20.26). É no céu que se encontra o templo e o trono de Deus (Sl. 11.4; 103.19; Is. 66.1). Os anjos também são encontrados no céu (Gn. 21.17; I Rs. 22.19), mas o céu não é dos anjos, é de Deus (II Cr. 36.23; Ez. 1.2).

No Antigo Testamento, a palavra shamaim geralmente está relacionada a terra. Isso porque Yahweh é o Deus que criou “céus e terra” (Gn. 1.1; 14. II Rs. 19.15; Sl. 115.15; Jr. 10.11). Em sentido teológico, há um contraste entre o shamaim (governo de Deus) e a terra (governo dos homens). Essa diferença é ressaltada porque os céus são os céus de Deus, o lugar onde Ele se encontra, sendo a terra a habitação dos homens, a quem Ele mesmo a deu para morarem (Sl. 115.16). É válido ressaltar, nesse contexto, que o shamaim não é identificado, nos textos veterotestamentários, como habitação dos crentes.

A revelação do céu como habitação de Deus e morada dos crentes se deu no Novo Testamento. A palavra grega ouranos ocorre predominantemente no Evangelho segundo Mateus e no Apocalipse. Para Mateus é importante ressaltar a dimensão do Reino dos céus (Mt. 3.2; 13.24; 25.1). Isso porque o Pai daqueles que creem está no ouranos (Mt. 5.16; 10.32; 18.19), sendo Esse Nosso Pai celestial (Mt. 5.48; 15.13; 23.9). Mas é Apocalipse que nos dá uma visão mais ampla do ouranos, onde o Cordeiro reina e é adorado pelos santos (Ap. 4.2). Os eventos escatológicos se concretizarão a partir do céu e terão efeito sobre toda a terra (Ap. 5.13; 8.10; 10.11).

A vida dos crentes está pautada pelo Reino dos céus, pois eles são cidadãos do ouranos (Fp. 3.20,21). Paulo experimentou por antecipação essa glória, ao ser conduzido até o terceiro ouranos (II Co. 12.1), sendo esse o paraíso (paradeisos em grego), ouvindo ali palavras inefáveis (II Co. 12.4). Por isso, o ouranos é um lugar muito melhor (Hb. 10.34), incomparavelmente melhor (Fp. 1.23), pois é o lar de habitação dos crentes (Hb. 11.13), preparado pelo próprio Cristo (Jo. 14.3). Essa é nossa alegria, ao saber que “olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram no coração humano, as coisas que Deus preparou para os que O amam” (II Co. 2.9).

Aguardamos com expectação o dia do arrebatamento (I Ts. 4.13-17), no qual o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade, e a morte será tragada na vitória (I Co. 15.55,56). O arrebatamento e a ressurreição daqueles que partiram é a bendita esperança da igreja do Senhor Jesus. Enquanto não acontecem, devemos continuar trabalhando em prol do Reino dos shamaim/ouranos, e orando para que esse chegue até nós (Mt. Mt. 6.10). A não apenas os seres humanos, mas toda a natureza geme, aguardando com ansiedade sua redenção (Rm. 8.19-22). Isso acontecerá por ocasião da consumação final dos desígnios de Deus, que será manifestada na nova terra e novo shamaim/ouronos (Is. 65.17; II Pe. 3.13; Ap. 21.1).

Ev. José Roberto A. Barbosa (2º Secretário da Assembleia de Deus em Mossoró-RN e professor da EBD)

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